UNITAU – Pandemia acentua a necessidade de agricultores e ações de incentivo aos profissionais
No dia 28 foi comemorado o Dia do agricultor, data marcada para valorizar essa importante profissão, que está diretamente relacionada à economia e à saúde da população No mês de julho, diversos profissionais são relembrados por sua importância na sociedade, como é o caso dos agricultores. A prosperidade econômica e a qualidade de vida dependem desses profissionais e da sua capacidade de produzir alimentos e itens necessários para o bem-estar da sociedade. O agricultor é aquele que se dedica à agricultura por meio do cultivo (também chamado de lavrador). São várias etapas de produção e muito conhecimento aplicado para que o alimento possa chegar de casa em casa. Segundo estimativas, a agricultura fornece pelo menos 50% da alimentação diária e tem a participação de 30% a 40% no produto interno bruto (PIB). De acordo com o agrônomo Prof. Dr. Marcos Roberto Furlan, especialista em horticultura e docente na Universidade de Taubaté (UNITAU), a tarefa de um agricultor vai muito além da produção nacional. “A agricultura é responsável por boa parte dos produtos exportados”, diz. Ele ainda menciona que o processo de aprendizagem é diário e o profissional deve estar sempre atento às atualizações do mercado “Um agricultor qualificado é aquele que participa frequentemente de eventos, como cursos e palestras”. A pandemia causada pelo novo coronavírus também afetou diretamente esse mercado, fazendo com que a agricultura se adaptasse ao novo modelo de negócio. “Na pandemia, o agricultor se mobilizou para facilitar a entrega de seu produto para as famílias. Acabou servindo como um aprendizado para sua formação como empreendedor”, ressalta o Professor Marcos Furlan. Além das readequações na produção, os agricultores também passaram por um período de muitas incertezas por conta das restrições impostas pela pandemia. “Durante a pandemia, o lockdown (fechamento), a restrição de funcionamento dos comércios e o distanciamento social provocaram mudanças principalmente no processo de distribuição dos produtos, aumentando os custos, que foram repassados aos preços”, comenta o economista e pesquisador do Núcleo de Pesquisas Econômico Sociais (Nupes) da UNITAU, Prof. Me. Drauzio Antonio Rezende Junior. “Alguns desafios encontrados na agricultura estavam relacionados a conseguir escoar a produção na velocidade necessária para chegar aos mercados e, também, obter os insumos que as fazendas precisam para suas atividades e que dependem da indústria e do comércio, que sofreram restrição de funcionamento”, esclarece o economista. Com todas as readequações e com a necessidade de preservar por mais tempo o produto, o agricultor continuou se aperfeiçoando e procurou mais informações sobre a fase da pós-colheita. Alguns organizaram uma rede de apoio, montando grupos para redução dos custos de transporte. A Universidade de Taubaté forma, há anos, agrônomos e especialistas na área, não somente na graduação, mas também na pós-graduação, sendo o único campus do Vale do Paraíba situado dentro de uma propriedade rural, permitindo ainda mais a experiência e o conhecimento teórico e prático. Foto: Leonardo Oliveira