Pandemia acentua violência contra o idoso e especialistas da UNITAU orientam atitudes que devem ser tomadas
Em 2020, por conta da pandemia do novo coronavírus, o número de denúncias de violência e de maus tratos contra os idosos cresceu 59% no Brasil, de acordo com um levantamento feito pelo Disque 100, plataforma de denúncias de responsabilidade do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MFDH) A fim de mobilizar e de sensibilizar a sociedade no combate à violência contra idosos, foi instituído, em 2006, pela ONU e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa, o “Dia mundial de conscientização”, comemorado no último dia 15 de junho. Para a Profa. Dra. Vânia Maria de Araújo Giaretta, enfermeira e uma das coordenadoras do Programa de Atenção Integral ao Envelhecimento (PAIE), programa de extensão da Universidade de Taubaté (UNITAU) que atende mais de 250 pessoas na maturidade, a partir dos 55 anos, a data é de extrema importância para o desenvolvimento da sociedade como um todo. “Uma população consciente observa mais e busca tomar as decisões corretas, ou seja, protege a população idosa contra a violência, pois, quando se sabe os sinais, pode se denunciar mais rápido”, destaca a professora. De acordo com o Ministério da Saúde, a violência contra o idoso pode ser definida como “um ato único, repetido ou a falta de ação apropriada, ocorrendo em qualquer relacionamento em que exista uma expectativa de confiança que cause dano ou sofrimento a uma pessoa idosa”. Essa é uma questão social global, que afeta a saúde e os direitos humanos de milhões de idosos em todo o mundo e que merece a atenção da comunidade internacional. Os dados ainda expõem que os tipos de violência mais denunciados no Brasil são quatro: a negligência (41%), a violência psicológica (24%), como humilhação, hostilização e xingamentos, a violência financeira (20%), que envolve, por exemplo, a retenção de salário e a destruição de bens e a violência física (12%). Geralmente, os maiores agressores são familiares próximos, como filhos e netos, e 90% das vezes a violência é praticada dentro da casa da vítima, no caso, a pessoa idosa. O Prof. Me. Fernando Gentil Gizzi de Almeida Pedroso, docente da disciplina de Direito penal do curso de Direito da UNITAU, explica que essa prática contra o idoso é considerada crime e consta no código penal. “A maioria dos crimes está prevista na parte especial do código penal, como as lesões corporais. A lei 10741/03 incluiu outras atitudes indesejadas e crimes específicos, como o abandono de idoso, a ausência ou deixar de prestar socorro quando devido e a exposição ao perigo físico ou psíquico, por meio da privação de alimentos ou cuidados indispensáveis para a vida do idoso”.
Medicina da USCS recebe prêmio na Digestive Disese Week – DDW 2021
O projeto foi vencedor do prêmio “Best of the Best” na categoria de ressecções de lesões de mucosa e submucosa (ESD) no Vídeo Plenário da ASGE do DDW 2021 (Semana Americana do Aparelho Digestivo 2021. O curso de Medicina da USCS foi destaque na participação de um projeto premiado durante a Semana Americana do Aparelho Digestivo 2021 (Digestive Disease Week – DDW 2021). O evento aconteceu de 21 a 23 de maio de 2021 e é considerado o maior e mais importante congresso mundial da área. Trata-se de um projeto visando o treinamento em Endoscopia Robótica, no qual a USCS recebeu o primeiro robô que possibilita cirurgias por endoscopia via colonoscopia e via endoscopia digestiva. O projeto de Endoscopia Robótica é uma parceria entre a Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Universidade de São Caetano do Sul (USCS), Universidade do Texas (UT) e Instituto EndoVitta. Os profissionais da USCS agradecem a confiança da Empresa Colubris (Texas), honrados e orgulhosos deste time formado por Manoel Galvão Neto, Fauze Maluf Filho, Erik Wilson, Tod Vilson, Eduardo Grecco, Thiago Ferreira de Souza, Luiz Gustavo de Quadros, Felipe Rossi, Vitor Sagai e, claro, a todo “staff” dos hospitais e universidades envolvidas neste projeto os quais proporcionaram um tratamento eficaz e de excelência aos pacientes.
Professor da UNITAU colabora com artigo publicado na Nature
O Prof. Rodrigo colaborou com a pesquisa como biólogo molecular durante cerca de um ano no período de sua passagem pela Universidade Erasmus, em Rotterdam (Holanda), com o benefício de uma bolsa concedida pela Fapesp. “A gente desenhou o alvo. Agora, precisa construir a flecha”. O alvo ao qual o Prof. Dr. Rodrigo Augusto da Silva, pesquisador da Universidade de Taubaté (UNITAU), se refere atende pelo codinome HOXA13 e tem uma relação direta com as causas da doença do refluxo. A identificação desse alvo foi possível graças a uma pesquisa internacional que contou com a participação de representantes de universidades e de centros de saúde da Holanda, da Austrália, dos Estados Unidos, da Polônia e da Alemanha. A pesquisa foi concluída ao final de 2017 e publicada no dia 7 de junho deste ano pela Nature Communications, um dos periódicos científicos mais relevantes do mundo. O período entre a submissão do trabalho e a sua publicação foi necessário para a revisão dos dados e para a apresentação de informações complementares. “Esse já era um trabalho que eles tinham em andamento e me convidaram a participar. Tentamos determinar o envolvimento da proteína na doença de Barrett, que causa o refluxo. Se não tratada, essa doença pode evoluir para um câncer gástrico”, afirma. Segundo o pesquisador, com essa identificação, a próxima etapa deverá ser a de criação de um fármaco para inibir a proteína. “Foram feitos experimentos de biologia molecular. Quando você desliga essa proteína, não tem transformação carcinogênica”. Desde 2019, o Prof. Rodrigo integra o quadro de docentes do programa de pós-graduação em Odontologia da UNITAU. E, a partir de agora, o biólogo, que traz três pós-doutorados em seu currículo, também passa a compor o quadro de profissionais responsáveis pelo novo curso de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Ciências da Saúde. “Hoje, nós temos de trabalhar com um olhar amplo e integrado”, complementa o pesquisador.
Oncologista e docente da UNITAU alerta sobre riscos do tabagismo durante a pandemia
O tabagismo tem papel de destaque no agravamento da crise do coronavírus, já que pode ser considerado um fator de risco para as formas mais graves, uma vez que fumantes são mais vulneráveis às infecções e às formas de contágio e de transmissão O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco. No mercado nacional e internacional, há uma variedade de itens derivados do tabaco, que podem ser consumidos de várias formas. Todos à base de nicotina, que causa dependência e aumenta o risco de contrair doenças crônicas não transmissíveis (DNCT). O 31 de maio é reconhecido como o Dia mundial do combate ao fumo. Criado em 1987 pela Organização mundial da saúde (OMS), tem o intuito de alertar sobre as doenças e as mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Segundo a Organização pan-americana da saúde (OPAS), o consumo de tabaco e seus derivados é o causador de cerca de 8 milhões de indivíduos por ano. “As preocupações com o tabagismo são contínuas. É uma situação que ocorre nos países em desenvolvimento e nos subdesenvolvidos. São problemas crônicos e, apesar da incidência do tabaco ter diminuído no Brasil consideravelmente nos últimos 20 anos, ainda é uma situação muito presente. Como é uma droga considerada lícita, o tabagismo passa despercebido, fazendo com que se tenha uma ‘vista grossa’ para o grande dano que pode causar para o fumante ou para os que vivem no entorno dele”, comenta o Prof. Dr. Flávio Luiz Lima Salgado, médico especialista em cirurgia oncológica e docente da disciplina de Oncologia da Universidade de Taubaté (UNITAU). O professor ainda esclarece que algumas doenças, além do câncer, podem ser derivadas dessa prática, como doenças vasculares, pulmonares obstrutivas crônicas (asma, bronquite, insuficiência respiratória etc.), que trazem consequências como AVC (acidente vascular cerebral), impotência sexual, aumento no risco de contrair hipertensão, entre outras. O tabagismo e a pandemia De acordo com a OMS, o tabaco mata mais de 7 milhões de fumantes regulares, enquanto cerca de 890 mil correspondem a fumantes passivos, que estiveram expostos à fumaça. Em média, no Brasil, morrem 428 pessoas por dia como consequência da dependência à nicotina, e mais de 156 mil mortes anuais poderiam ser evitadas. A luta contra esse vício se tornou ainda mais complexa quando, em março de 2020, a OMS declarou a pandemia do novo coronavírus, doença responsável por causar infecções respiratórias, que, em sua etapa mais crítica de complicação, há um grave comprometimento da função respiratória, que pode levar ao óbito. O tabagismo tem papel de destaque no agravamento da crise do coronavírus, já que pode ser considerado um fator de risco para as formas mais graves, uma vez que fumantes são mais vulneráveis às infecções e às formas de contágio e de transmissão. Além disso, o tabaco causa diferentes tipos de inflamação e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. “As comorbidades têm no tabaco um grande contribuidor para as doenças pulmonares, para as doenças cardíacas e cardiocirculatórias. Todos nós estamos sujeitos a ter esse problema (Covid-19), mas os pacientes com comorbidades levam desvantagem com relação aos pacientes não fumantes”, ressalta o oncologista. Segundo pesquisa da Fiocruz, 34% dos fumantes brasileiros declararam ter aumentado o número de cigarros fumados durante a pandemia, uma associação da saúde mental dos tabagistas nessa nova realidade, com a piora de quadros de depressão, ansiedade e insônia. “Essa pandemia gerou muitas situações de estresse, então esses aspectos ligados à depressão e à ansiedade contribuem demais para o aumento do tabagismo. Essas pessoas precisam de ajuda profissional, com tratamento e apoio psicológico”, explica o professor. O tratamento No Brasil, O Instituto nacional de câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) é o órgão responsável pelo Programa nacional de controle do tabagismo (PNCT) e pela articulação do tratamento do tabagismo no SUS (Sistema único de saúde). O tratamento inclui avaliação clínica, abordagem mínima ou intensiva, individual ou em grupo e, se necessário, terapia medicamentosa. “O tratamento para parar de fumar leva tempo. Primeiramente, a família precisa colaborar e todos têm de parar juntos. A segunda coisa são os hábitos. Muitas vezes é necessário deixar a bebida alcoólica ou o excesso de café, que são atos que lembram o cigarro. Também é preciso buscar uma alimentação mais natural, comer bastante fruta, tomar bastante água. Atualmente, existem adesivos e outros remédios que procuram substituir essa dependência da nicotina. Inicialmente, eram muito caros, mas hoje esses tratamentos são gratuitos e são feitos pelo SUS”, pontua. O professor ainda menciona que o fumante deve ter um acompanhamento psicológico, se possível. “Esse paciente acaba desenvolvendo problemas com ansiedade, que têm de ser combatidos. Então ele deve, além dos remédios para substituir a dependência da nicotina, fazer terapia e fazer o uso de medicações para reduzir a ansiedade, pelo menos até passar a fase aguda. O apoio emocional para uma recaída é muito importante, e as pessoas também precisam entender que a maioria dos pacientes passa por isso”. Confira o que acontece com o organismo de um fumante, que interrompe o uso do tabaco: Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue. Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza. Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor. Após 2 dias, o olfato já tem os cheiros mais apurados e o paladar já degusta melhor a comida. Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora. Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade. Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram. Busque ajuda! Melhore a sua qualidade de vida! Foto: Leonardo Oliveira
Especialistas da UNITAU apontam atitudes simples do dia a dia para a preservação do meio ambiente
A fim de reduzir os impactos ambientais, docentes da UNITAU dão dicas para se ter atitudes mais conscientes e de preservação a natureza Em uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre o meio ambiente no ano de 1972, em Estocolmo, foi definido que, a partir daquela data, dia 5 de junho, seria comemorado o “Dia mundial do meio ambiente”. A intenção dessa data seria para chamar a atenção da população para vários setores, relacionados aos problemas ambientais e sobre a importância da preservação dos recursos naturais. A intensa exploração dos recursos naturais gera diversas consequências, que, se não forem revertidas o mais breve possível, se tornarão permanentes para toda a população. O consumo deve ser realizado de forma consciente, levando em conta a regeneração de cada um deles. O Prof. Dr. Paulo Fortes Neto, agrônomo e docente na Universidade de Taubaté (UNITAU), explica que a maioria da população não percebe, mas à medida que há a expansão da atividade econômica e urbana e, consequentemente, o desmatamento de áreas naturais, boa parte dos seres vivos que habitam nessa floresta, ou seja, uma série de bactérias, fungos e vírus que estão hospedados em mamíferos, começam a procurar outros locais, e, assim, chegam ao homem. “Esse é um risco que nós corremos com o desmatamento, porque esses microorganismos estão na natureza em equilíbrio com o meio ambiente. O novo coronavírus, por exemplo, vem dessas questões, dessas alterações ambientais, desse mal uso do meio ambiente”, expõe. Confira 5 atitudes recomendadas pelo professor que a população pode fazer para preservar o meio ambiente: Uso racional da energia elétrica, optando por lâmpadas econômicas e, se possível, instalação de placas solares e o uso consciente da água, verificando sempre possíveis vazamentos; Separar o lixo inorgânico do orgânico; Levar remédios vencidos para a farmácia e não descartar em casa, como em lixos ou no vaso sanitário; Levar equipamentos eletrônicos para as centrais que fazem a coleta e a reciclagem desse material; Participar ou idealizar iniciativas voluntárias no bairro em que é morador, para o cuidado e para a preservação do local. A fim de reduzir os impactos ambientais, grupos de pessoas se unem com o objetivo de ter atitudes mais conscientes e de preservar a natureza. As chamadas ecovilas têm ganhado cada vez mais força no mundo todo. Essas comunidades podem ser desenvolvidas em bairros, prédios e até mesmo em condomínios. São pequenas atitudes que somam um grande impacto na vida dessas pessoas, como desenvolver uma composteira caseira, hortas coletivas e se locomover de forma mais sustentável. Para o Prof. Dr. Ademir Fernando Morelli, ecólogo que atua na área de assentamentos sustentáveis na UNITAU, as ecovilas proporcionam às pessoas uma motivação, pois sentem que não atuam sozinhas no projeto. Além de preservarem o meio ambiente, buscam uma melhor qualidade de vida para todos. “Para mim, o meio ambiente não se resume só aos fatores físicos e químicos. Nós fazemos parte dele. Quando o homem se coloca distante do meio ambiente, como ‘não natureza’, ele nega a sua própria essência”, comenta. Confira 5 atitudes recomendadas pelo professor que a população pode fazer no dia a dia, para preservar o meio ambiente: Consumo consciente e sustentável, considerando a origem e o ciclo de vida do produto; Melhor aproveitamento de recursos naturais e dos alimentos, evitando o desperdício; Ter hábitos coletivos sustentáveis e praticar a reciclagem; Doar roupas, alimentos e móveis que não serão mais utilizados para aqueles que necessitam; Auxiliar na conscientização das pessoas. Historicamente, as indústrias não costumavam criar processos produtivos não poluentes, pois eram as únicas tecnologias existentes e conhecidas, não havia o entendimento da gravidade do problema. À medida que o mundo começou a se conscientizar sobre a necessidade de criar processos, produtos e serviços sustentáveis, a sociedade e os governos iniciaram uma mudança. O desafio está em produzir processos menos agressivos ao meio ambiente e encontrar matéria prima que colabore para o descarte menos poluente. A pesquisadora na área de produção autônoma e sustentável Profa. Dra. Miroslava Hamzagic Zaratin, engenheira de produção e docente na também na UNITAU, aponta que as empresas devem incluir no projeto de produtos e serviços o custo do descarte e ainda comenta que os resíduos devem ser analisados, considerando-se o prejuízo que causarão ao meio ambiente. “Existem muitas empresas no mundo centradas em mudar os processos e matérias primas aos poucos, pois isto não é fácil e é extremamente custoso. Existe um risco em fragilizar o processo e o produto e, possivelmente, comprometer a fidelidade do cliente. A mudança tem de ser feita com bastante cuidado e estudo”, diz. Mas a professora também pontua que “O resultado é um produto que se insere na vida cotidiana de forma sutil e com o reconhecimento da sociedade pela iniciativa e coragem”, destaca. Confira 5 atitudes recomendadas pela professora que a população pode exercer para preservar o meio ambiente: Consumir produtos saudáveis e que gerem menos resíduos; Quando os resíduos forem gerados, procurar uma forma de reaproveitá-los da maneira menos custosa possível; Tentar minimizar o lixo gerado em casa; Evitar produtos que utilizem muitos compostos químicos; Reaproveitar a água da lavagem das roupas e das chuvas. Para concluir, o professor Ademir ainda ressalta que muitas pessoas pensam que as consequências da “não preservação ambiental” irão se refletir somente no futuro, para outras gerações, e isso tem preocupado os especialistas. “Evolutivamente, nosso sistema adaptativo é preparado para reagir a ameaças urgentes. Quando nós temos uma coisa que vai demorar décadas para acontecer, como são os efeitos do aquecimento global, nós temos muita dificuldade de compreender. Quando não é uma reação intuitiva, nós precisamos ensinar. E é isso que falta, ensinar e alertar as pessoas sobre como isso impacta e tem a ver com o dia a dia delas, como no caso da destruição da Amazônia, por exemplo”, conclui.
Médica especialista em Saúde Pública da UNITAU comenta sobre os desafios do ensino médico durante a pandemia
A pandemia não mudou somente a forma de aprender e ensinar, mas também impactou na atuação médica, o que exige que os futuros profissionais tenham um olhar ainda mais coletivo e empático A pandemia do novo coronavírus é considerada uma das questões mais impactantes em relação à saúde mundial. Vários desafios se configuraram por conta da Covid-19. Um deles, a formação médica, que exigiu uma rápida adaptação e uma remodelação na forma de ensinar e aprender. Garantir uma formação ética, profissional e, sobretudo, humana é um dos valores do curso de Medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU) há quase 55 anos e, diante da nova realidade, professores e alunos precisaram se adaptar. “Nosso curso é muito tradicional e reconhecido por isso nacionalmente. Com a pandemia, tivemos de nos adaptar ao novo cenário e nossa maior preocupação e desafio foi manter o ritmo e qualidade das aulas. Fizemos isso muito rapidamente. As aulas ficaram suspensas por apenas uma semana no início de março de 2020”, explica a Profa. Dra. Maria Stella da Costa Zöllner, Diretora do Departamento. Isabela Caroline de Almeida, aluna do 8º semestre do curso, também sentiu o impacto da pandemia na rotina e nas tarefas do dia a dia e comenta que a agilidade da Instituição e o apoio dos professores foram fundamentais para a adaptação ao novo modelo de ensino e aprendizagem. “No início, foi um pouco difícil, principalmente em relação à minha rotina de estudos. Mas a Universidade se adaptou rapidamente e os professores foram muito compreensivos, nos tranquilizando sobre as aulas práticas, pois daria tempo de repor o que precisasse”, conta Isabela. Mas a pandemia não mudou somente a forma de aprender e ensinar. A maior crise da humanidade também impactou na atuação médica, o que exige que os futuros profissionais tenham um olhar ainda mais coletivo e empático. “Medicina vai além do diagnóstico, da ética na ciência e na prática. O que estamos vivenciando hoje vai mudar para sempre as relações humanas, entre médico e paciente”, destaca a Dra. Stella. A futura médica, Isabela Carolina, também compartilha o pensamento de sua professora e relata “Todos nós esperamos médicos preparados de forma técnica, mas que sejam empáticos, humanizados e que se preocupem em tratar pessoas, e não somente doenças. Eu gosto bastante da frase ‘conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas, ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana’, de Carl Jung. Acredito que esse deve ser nosso principal objetivo, sempre”, finaliza a estudante.
UNITAU alinha produção científica à agenda 2030 da ONU
Nos mestrados acadêmico e profissional em Ciências Ambientais, por exemplo, foram apresentadas nesse mesmo período um total de 64 dissertações que abrangeram 9 dos 17 objetivos da Agenda 2030 Levantamento da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) demonstra que as atividades de iniciação científica desenvolvidas pela Universidade de Taubaté (UNITAU) estão alinhadas com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e já atingem a grande maioria dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). Os 17 objetivos são integrados e indivisíveis e mesclam, de forma equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental. O documento “Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável” foi adotado na Assembleia Geral da ONU em 2015. De acordo com o levantamento da PRPPG, foram produzidas, entre 2017 e 2020, um total de 573 teses e dissertações na UNITAU, atingindo 16 objetivos propostos pela Agenda 2030. Entre as atividades, apresentam maior destaque aquelas cujos objetivos estão relacionados à educação de qualidade (ODS 4 – 260 teses/dissertações), à indústria, à inovação e à infraestrutura (ODS 9 – 87 teses/dissertações) e ao trabalho decente e ao crescimento econômico (ODS 8 – 60 teses/dissertações). “A gente percebe que os maiores desafios da Universidade, assim como os de muitos municípios, são aumentar o engajamento de trabalhos alinhados a ODS com características sociais”, afirma o coordenador adjunto do Mestrado Profissional em Ciências Ambientais, Prof. Dr. Paulo Fortes Neto. Nos mestrados acadêmico e profissional em Ciências Ambientais, por exemplo, foram apresentadas nesse mesmo período um total de 64 dissertações que abrangeram 9 dos 17 objetivos da Agenda 2030. A maioria das dissertações está alinhada com três objetivos: ODS 3 (saúde e qualidade de vida), ODS 6 (água potável e saneamento) e ODS 15 (proteger a vida silvestre). “Essa foi a primeira medição que a gente fez. Esse levantamento refletiu que pontos devemos reforçar. Cada curso deve buscar condições para que os trabalhos caminhem em sentidos complementares, tentar direcionar os estudantes para buscar um ou mais objetivos”, reforça o pesquisador. A próxima análise do professor deve abranger o envolvimento dos municípios da RMVale com a Agenda 2030. Essa análise terá como base o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR), ferramenta criada pelo Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com o Sustainable Development Solutions Network (SDSN) e Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). Confira abaixo os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. ODS 1 – Erradicar a pobreza ODS 2 – Erradicar a fome ODS 3 – Saúde e qualidade de vida ODS 4 – Educação de qualidade ODS 5 – Igualdade de gênero ODS 6 – Água potável e saneamento ODS 7 – Energias renováveis e acessíveis ODS 8 – Trabalho digno e crescimento econômico ODS 9 – Indústria, inovação e infraestruturas ODS 10 – Reduzir as desigualdades ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis ODS 12 – Produção e consumo sustentáveis ODS 13 – Ação climática ODS 14 – Proteger a vida marinha ODS 15 – Proteger a vida silvestre ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes ODS 17 – Parcerias e meios de implementação
UNITAU inova e lança curso de pós-graduação em Ciências da Saúde
O curso é derivado do Programa de Pós-graduação strictu senso (mestrado e doutorado) em Odontologia em duas áreas: clínica odontológica e promoção, prevenção e tratamento em saúde Neste momento em que a geração de conhecimento de qualidade ganha maior relevância e a interdisciplinaridade se torna regra entre os pesquisadores, a Universidade de Taubaté (UNITAU) lança um novo curso de Pós-graduação em Ciências da Saúde. Serão duas áreas de concentração: clínica odontológica e promoção, prevenção e tratamento em saúde. Este curso é derivado do programa de Pós-graduação stricto sensu em Odontologia, que completa 30 anos de criação em 2021. Esta vinculação vai permitir a manutenção da chancela da Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior (Capes). Há 17 anos, este programa recebe o conceito 4 por parte da Capes. Para a Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UNITAU, Sheila Cortelli, esse desenho permitirá a manutenção do nível de excelência oferecido pela Universidade ao aprimoramento dos profissionais de Odontologia, ao mesmo tempo em que agrega possibilidades para outros segmentos da área da saúde, ampliando o leque de atuação. “Ao estimular a colaboração entre diversos perfis, esse novo curso contribui para o desenvolvimento de um conceito ampliado do que é saúde e de uma visão mais integrada do ser humano. Ao longo dos anos, a UNITAU ofereceu uma formação sólida a dentistas de vários estados e agora essa oportunidade se estende a outras profissões. Só pensando em nossos ex-alunos de graduação, a quantos médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e enfermeiros podemos, a partir de agora, dar continuidade em sua formação acadêmica”, avalia. Segundo a Pró-reitora, o curso de Ciências da Saúde já começa com outro atrativo, a oferta de 10 bolsas Capes, das quais quatro de mestrado (R$ 1.500,00) e seis de doutorado (R$ 2.200,00). A concessão das bolsas deve obedecer a alguns critérios específicos e será oferecida aos candidatos aprovados no processo seletivo. “O auxílio financeiro garante maior dedicação dos bolsistas ao desenvolvimento científico e tecnológico. Quando da conclusão do curso, a sociedade se beneficia não apenas do conhecimento gerado ao longo de anos de pesquisa, mas também ao receber recursos humanos qualificados com senso crítico mais apurado”. Ao todo, cerca de 30 novas disciplinas devem ser incorporadas ao curso. A ideia é reforçar a interdisciplinaridade por meio de temas convergentes. Para a formatação do curso, a PRPPG também se preocupou em reunir um time de pesquisadores da Universidade que possam estimular o desenvolvimento de atividades de relevância entre os alunos. Na linha de Ciências Ambientais na Saúde, por exemplo, os pesquisadores deverão avaliar o uso de produtos naturais, bem como a destinação final de resíduos sólidos e líquidos no impacto ambiental e serviços de saúde, além dos diferentes eventos atmosféricos relacionados à saúde humana. “Houve um crescimento gigantesco na área da saúde com a colaboração de profissionais de diferentes áreas. Nada se resolve isoladamente. Vejo, com este curso, a possibilidade de irradiar conhecimento e agregar profissionais em todas as áreas da saúde”, afirma o Prof. Dr. Marcos Roberto Furlan, que integra o corpo docente dos mestrados acadêmico e profissional em Ciências Ambientais. Já os estudos em Epidemiologia e Clínica na saúde humana buscarão quantificar fatores de risco, estratégias de prevenção e de prognóstico de doenças crônicas comuns à população brasileira. “Nossa região não dispunha de um curso com essa formatação. Iremos abordar questões relacionadas ao Covid, processos infecciosos em tempos de pandemia em um ambiente multidisciplinar, com a correlação de vários fatores. Esse é um grande avanço para nossa Universidade”, comenta o Prof. Dr. Gilson Fernandes Ruivo, do Departamento de Medicina da UNITAU. Na área de Clínica odontológica, as linhas de pesquisa seguem avaliações do comportamento biomecânico, parâmetros clínicos e laboratoriais envolvidos nas diferentes etapas dos tratamentos, bem como o estudo das propriedades dos materiais empregados, os métodos diagnósticos e as modalidades terapêuticas. “Mantivemos a mesma estrutura do curso anterior e agora englobamos uma vocação multidisciplinar. Não é mais um curso voltado a cirurgiões dentistas, mas a todos aqueles que têm interesse na área da saúde humana”, avalia o coordenador-geral do Doutorado em Odontologia da UNITAU, Prof. Dr. José Roberto Cortelli. O período de inscrição dos candidatos para o programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde está aberto e segue até 1º de julho. A expectativa é de que as atividades comecem a partir de agosto. Mais informações sobre o programa, disciplinas e corpo docente você encontra nos links do mestrado e do doutorado.
FEMA – Curso de roteiro oferece 15 bolsas gratuitas
Serão aceitas as notas dos últimos anos do exame. Candidatos também podem apresentar o histórico escolar como forma de ingresso O projeto do Polo Audiovisual do Velho Oeste, financiado pela FEMA, acaba de divulgar as inscrições para seu primeiro curso de roteiro para cinema. Serão 15 bolsas gratuitas disponibilizadas a candidatos de todo o Vale do Paranapanema. O curso será realizado virtualmente em seis encontros, às segundas e quartas-feiras do mês de junho (23/06; 28/06; 30/06; 05/07; 07/07; 04/08), no horário das 19h às 21h, e irá oferecer as bases para a escrita de um roteiro, como gêneros dramáticos, estrutura narrativa, desenvolvimento de personagens, diálogos e cenas. O curso será ministrado por Priscila Sales, doutoranda em história e pesquisadora em cinema pela Unesp Assis e coordenadora de formação do Polo Audiovisual do Velho Oeste. Ao final das atividades, os participantes serão levados a produzir um roteiro coletivo de curta-metragem a ser filmado pelo grupo, e receberão, ainda, um certificado de conclusão emitido pela FEMA. As inscrições devem ser feitas pelo site www.polodovelhooeste.org/cursos, e além de dados cadastrais, os candidatos deverão enviar textos curtos de apresentação que serão avaliados pela comissão de seleção. Das 15 bolsas oferecidas, 10 serão reservadas a candidatos(as) que estudaram em escola pública, mulheres, negros, indígenas e público LGBTQIA+. O Polo Audiovisual do Velho Oeste é uma iniciativa fruto da parceria entre a FEMA e a Oeste Cinema, e prevê para 2021 uma série de outros cursos em áreas específicas do audiovisual a fim de formar novos profissionais da área na região de Assis.
Unifadra realizará palestra sobre a orientação pedagógica na Educação Infantil
A palestra será online AO VIVO e não ficará disponível para visualização posterior O curso de Pedagogia da Unifadra convida para uma webpalestra no dia 1º de junho, terça-feira, às 19h, com o tema “O processo de orientação pedagógica na Educação Infantil”. Andréia Guilhen Pinto, doutoranda e mestra em Educação pela Unesp, será a palestrante da noite e abordará o assunto a fim de contribuir no processo de construção de conhecimentos sobre a atuação na educação infantil. Professora de Educação Infantil na Prefeitura Municipal de Presidente Prudente, Andréia tem experiência na área da Educação atuando principalmente nos temas: formação de professores, início de carreira, identidade profissional, representações e saberes. A coordenadora do curso de Pedagogia da Unifadra, Profa. Dra. Vanessa Ribeiro Andreto, ressalta que o evento também servirá como um suporte teórico e prático para as discussões de estágio nessa etapa de ensino. Palestra: O processo de orientação pedagógica na Educação InfantilConvidada: Profa. Ma. Andréia Guilhen PintoQuando: 1º de junho, terça-feira, às 19hAssista em: https://meet.google.com/wuc-bgut-zjp