AIMES-SP

Alunas da UNITAU são premiadas em Simpósio de História do Vale do Paraíba

O evento foi organizado pelo Instituto de Estudos Valeparaibanos (IEV) entre os dias 26 e 28 de agosto, com o tema “Educação e educadores” Alunas do Departamento de Ciências Sociais e Letras da Universidade de Taubaté (UNITAU) foram premiadas no Simpósio de História do Vale do Paraíba, organizado pelo Instituto de Estudos Valeparaibanos (IEV) entre os dias 26 e 28 de agosto. As três alunas e seus professores participaram, de forma virtual, com a apresentação de projetos. O tema do simpósio deste ano foi “Educação e educadores” e proporcionou um diálogo entre a história e o futuro da educação no Vale do Paraíba. O IEV promove o evento desde 1972 e tem como objetivo contribuir com a preservação dos patrimônios culturais e ambientais da região. De acordo com o IEV, todo o material produzido nos simpósios alimenta até hoje pesquisas e trabalhos de diversos tipos, em diferentes áreas do conhecimento. Foi classificado em primeiro lugar o “Relato de experiência: projeto residência pedagógica em história e a produção de materiais em meio à pandemia”. O trabalho foi realizado pelas alunas do curso de História Dominika Carvalho Lino Santos e Natasha Santos Martins, sob a orientação do Prof. Me. Armindo Boll e do Prof. Dr. Silvio Luiz da Costa. Durante a apresentação, as estudantes compartilharam suas vivências nos projetos de que fazem parte. Ambas participam do Programa Residência Pedagógica, que tem por objetivo a inserção dos universitários no ambiente escolar, para que vivenciem a realidade de um docente. As universitárias também compartilharam experiências do projeto “Raça e Etnia”, que busca associar a construção do saber histórico, desconstruindo preconceitos e valorizando a cultura. O projeto tem como objetivo compreender o entendimento dos alunos das escolas públicas e, na sequência, a produção de materiais didáticos, tendo por finalidade estimular a consciência crítica dos alunos. “Para os alunos da rede pública, o programa foi muito relevante, pois trouxe a oportunidade de complementar as atividades trabalhadas em sala de aula, além de auxiliarem a construir um pensamento mais crítico acerca da realidade. Já para nós, residentes, o programa contribuiu para uma melhor formação nossa, a partir do desenvolvimento das competências necessárias para o trabalho docente”, pontuou a aluna Dominika Carvalho durante a apresentação. Já Brenda Nicoly de Souza, aluna do terceiro semestre do curso de História da UNITAU, foi classificada em segundo lugar, com a pesquisa “Taubaté patrimônio e memória: Santos Dumont um cientista que atendeu ao sonho antigo de ‘voar’ do homem”. “Estimulei os alunos na disciplina de História Regional, em 2020, a trabalharem temas regionais como os monumentos de Taubaté e do Vale do Paraíba. O que levou muitos alunos a pesquisarem esse tema. A aluna Brenda teve a ousadia e a sensibilidade nesse contexto de pandemia de relacionar Santos Dumont aos cientistas atuais, valorizando a ciência”, comenta o orientador da aluna, Prof. Me. Armindo Boll. O projeto da universitária tem como objetivo preservar e valorizar a memória de Santos Dumont a partir do monumento construído pelos moradores de Taubaté. O monumento foi inaugurado em 1956, como uma homenagem ao considerado “pai da aviação” e como um importante reconhecimento de sua relevância histórica como criador e cientista. “Esse monumento em Taubaté é um patrimônio histórico que desperta a consciência na sociedade, e os motivam a passar de geração em geração a relevância desta figura para que, por meio do contato e da reflexão, sirva de exemplo para as novas gerações conhecerem e valorizarem os nossos cientistas e suas pesquisascomo um efetivo saber histórico e estimule os jovens a se dedicarem à criatividade e à inovação em todas as áreas do saber”, finaliza o professor. Foto: Leonardo Oliveira 

Alunos da UNITAU debatem a importância da língua portuguesa para uma formação humanística

Com o intuito de trazer a reflexão aos estudantes sobre a importância do professor da língua portuguesa na formação profissional, o Departamento de Ciências Sociais e Letras e o curso de Medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU) promoveram uma integração online, durante a semana que marcou a volta às aulas O bate-papo virtual, mediado por dois professores, trouxe quatro alunas do curso de Medicina que relataram suas experiências e contaram em como as aulas de português contribuíram para o desenvolvimento de sua formação humanística. Docentes, alunos, familiares e toda a comunidade puderam prestigiar o evento e interagir pela plataforma zoom. De acordo com a Profa. Dra. Adriana Cintra de Carvalho Pinto, coordenadora do curso de Letras, as futuras médicas reconheceram o prejulgamento que tinham em relação à disciplina, pois a viam como um conhecimento relacionado à gramática e à produção de textos. A docente menciona com orgulho que “ver como meu trabalho afetou a relação das alunas de Medicina com o objeto e os instrumentos de aprendizagem de língua e linguagem em apenas um semestre me trouxe muita satisfação”, conta. A futura médica, Ingrid Guedes de Oliveira, expôs que a língua portuguesa contribuiu muito na sua formação literária e ampliou seu conhecimento sobre o próprio idioma e seu processo de construção. Além disso, ela ainda diz que a disciplina trouxe segurança para que ela pudesse escrever artigos científicos com menos dúvidas para discursar em diversos eventos. “O estudo do idioma vai além da gramática e da semântica, é sobre conhecer o dinâmico processo de construção e desconstrução da linguagem para se comunicar de forma efetiva”, reflete. “É preciso conhecer quem é seu paciente e como ele se comunica, pois podemos nos utilizar de termos médicos e provar nosso vasto conhecimento, porém se o nosso paciente não nos compreender, por melhores médicos que formos, não conseguiremos nos comunicar de forma a estabelecer um bom relacionamento médico-paciente, o que irá interferir diretamente na adesão ao tratamento”, continua. Para a aluna do 2° semestre do curso de Letras, Júlia Vargas Mafuz, o encontro serviu como combustível para a continuidade nos estudos. “Ver o papel que a nossa língua cumpre na vida formativa dessas alunas foi realmente impactante. Eu sempre digo que professores e médicos vão mudar o mundo juntos. Meus olhos brilharam de ver isso acontecendo na prática”, comenta. “Como mulher, universitária e futura professora digo que podemos transformar realidades por meio da Língua Portuguesa. Não é apenas sobre decorar regras, mas aprender a unir pessoas por meio das palavras e ações. A língua se transforma, assim como nós devemos nos reconstruir todos os dias”, finaliza. O Prof. Dr. André Luis Ferreira Santos, coordenador do curso de Medicina, relata que o encontro foi de extrema relevância, pois, além de destacar a importância da língua portuguesa, ainda foi um momento de muito aprendizado e integração entre os cursos. Ele também menciona que as aulas promoveram a melhoria nos estudos dos futuros médicos, trouxeram dicas de como selecionar as fontes de estudo, ajudaram na capacidade de síntese para a iniciação científica e, principalmente, sensibilizaram o aluno para uma visão mais humanística. “Fiquei muito feliz pela oportunidade de constatar o aprendizado, a maturidade e as metas alcançadas pelas alunas. Elas demonstraram a importância dessa integração, que vai além do ensino da língua portuguesa. Os resultados foram consistentes, permitindo que o aluno consiga construir uma visão mais ampla da vida, além de metodologicamente aprenderem a arte de estudar”, diz o coordenador do curso. Para Amanda Volpe Gomes, aluna do 6º semestre de Medicina, foi muito enriquecedor participar do momento de troca de experiências na vida acadêmica. “A comunicação dentro da profissão que eu escolhi é essencial. Conseguir olhar nos olhos do meu paciente, utilizando uma linguagem que seja acessível a ele, que eu consiga passar para ele o seu diagnóstico, o tratamento e fazendo isso de uma forma compreensível, com certeza torna o meu trabalho muito mais eficaz”, descreve. A estudante do 6º semestre do curso de Letras, Karina Bittencourt dos Santos, também concorda que a experiência garantiu novas perspectivas na vida acadêmica. “A fala e escrita nos influenciam como seres humanos e em nosso trabalho. Aprender como falar e com quem falar em determinados momentos e transmitir isso de forma humana e respeitosa com os outros indivíduos é muito importante”, expõe.