Mulheres que inspiram e suas contribuições para o avanço da ciência
Isaac Newton, Albert Einstein e Galileu Galilei são nomes facilmente relacionados à palavra “cientista”, no entanto, ao longo da história, diversas mulheres demonstraram um papel fundamental para a ciência, ainda que, muitas vezes, não tenham sido reconhecidas. A polonesa Marie Curie (1867 – 1934), por exemplo, constatou a existência do polônio e do rádio. Ela não foi somente a primeira mulher com um Prêmio Nobel, mas também a primeira pessoa a receber duas vezes a premiação, o Nobel de Física e o de Química. Outras histórias como a de Marie também trouxeram muitas novidades para o mundo. A inglesa Ada Lovelace (1815 – 1852) desenvolveu o primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina e foi considerada a primeira programadora da história. Já a francesa Françoise Barré-Sinoussi descobriu o vírus da imunodeficiência humana, o HIV. Em uma época de uma grande epidemia de AIDS, sua descoberta foi crucial, pois possibilitou o conhecimento do agente transmissor, o que trouxe um avanço no desenvolvimento de métodos para o combate à doença. Tantos outros nomes promoveram um avanço na ciência. Algumas mulheres mais experientes em relação à idade, como Gertrude Bell Elion, ou mais novas, como Malala Yousafzai, a mais jovem a receber o prêmio Nobel por seu ativismo em prol do acesso de crianças e mulheres à educação. No Brasil, Sônia Guimarães foi a primeira mulher negra doutora em física. Ela, que é especialista em propriedade eletróticas de ligas semicondutoras crescidas epitaxialmente (conhecimento essencial para o desenvolvimento de tecnologia), faz parte do corpo docente do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Para fortalecer a excelência das mulheres na ciência e reforçar que a ciência e a igualdade de gênero devem avançar lado a lado, em 2015, o dia 11 de fevereiro foi estabelecido como o Dia internacional das mulheres e meninas na ciência. De acordo com uma pesquisa do Semesp, dos alunos que frequentam cursos de especialização de nível superior, a maioria pertence ao sexo feminino. Em 2021, na graduação, elas representam 57,4% das matrículas, enquanto na pós-graduação lato sensu, 66,9%. “As mulheres foram encontrando na educação o caminho para lutar de uma maneira mais consistente e fundamentada. Uma vez que, dentro do sistema de educação, amplia-se a compreensão da necessidade da formação continuada, de se manter dentro e não mais somente como alguém que amplia seu conhecimento como também de alguém que pode produzir conhecimento”, explica o filósofo Prof. Dr. Cesar Augusto Eugenio, da Universidade de Taubaté (UNITAU). O Doutor em Educação explica que as mulheres estão em busca desse espaço de produção de conhecimento. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as mulheres pesquisadoras e cientistas representam apenas 28% em comparação aos homens. O prêmio Nobel (concedido para aqueles que, durante o ano anterior, tenham conferido o maior benefício à humanidade, nas categorias de Medicina, Física, Química, Literatura, Paz e Economia), entre 1901 e 2021, de 947 pessoas e 28 organizações premiados, apenas 58 são mulheres. Um dos motivos para essas porcentagens pode estar relacionado ao baixo incentivo da inserção das mulheres na ciência. O estudo realizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, aponta que 9 a cada 10 meninas associam engenharia com habilidades tidas como masculinas. Existe uma dificuldade em identificar as disciplinas conhecidas como STEM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e em aplicar os conhecimentos da escola na profissão. Por isso, alguns associam a ciência a experiências em laboratório. Para incentivar a inserção das mulheres na ciência, a UNITAU, em parceira com a Universidade de Manchester, inicia um projeto de pesquisa sobre a representatividade delas na ciência. A Profa. Dra. Miroslava Hamzagic Zaratin, responsável pela pesquisa, explica que o objetivo é estimular os jovens, igualmente, na produção de tecnologia. A professora atua há 40 anos na área de engenharia e, de acordo com ela, ainda é conhecida como uma área muito masculina. “As mulheres têm representatividade, porém, na engenharia, temos um pouco de dificuldade de entrar na área e nela permanecer. O conhecimento dado promove a possibilidade dessa permanência, portanto temos de dar autonomia no conhecimento da matemática e acesso de forma igualitária”, explica. As próximas etapas para o desenvolvimento da pesquisa é realizar uma reunião com a diretoria de ensino e, posteriormente, com os professores do mestrado em educação. Além disso, a professora exemplifica que os alunos do mestrado, por exemplo, poderão desenvolver trabalhos relacionados à pesquisa. “A expectativa é trazer o entendimento do que significa a ciência, explicar em escolas o que é a engenharia e estimular que os jovens invistam em tecnologia”, pontua. Refletir sobre a importância das mulheres na ciência nesta data e em todos os demais dias é sinônimo da busca por uma comunidade equitativa, justa, tolerante e a construção de uma sociedade melhor. O Professor César ainda explica que “não se trata de uma luta contra os homens, se trata de uma luta contra o machismo estrutural que ainda impede que a nossa sociedade cresça, se humanize e seja mais tolerante”.
Consciência solidária fortalece a sociedade
O termo solidariedade tem sua origem em expressões do latim como solidum (totalidade, segurança) ou solidus (sólido, inteiro), podendo ser compreendido como o empenho pelo bem comum. Ou seja, é a ação, pelo bem de todos e de cada um, de sermos responsáveis uns pelos outros. Para minimizar problemas globais e promover a cultura da solidariedade, a Organização das nações unidas (ONU) estabeleceu o dia 20 de dezembro como o Dia mundial da solidariedade humana. Nesse dia, é reforçado com os governos o compromisso, por meio de acordos internacionais, para contribuir no combate à pobreza. E as pessoas são incentivadas a debater sobre os meios de promover a solidariedade. Émile Durkheim foi um sociólogo, considerado o “pai da Sociologia”. Para ele, o que une os indivíduos à sociedade é a solidariedade. Em uma de suas teorias, ele explica que, quando a identidade social se dá porque as pessoas são semelhantes entre si e existe um mecanismo baseado em crenças comuns e em valores sociais que determinam qual padrão deve ser seguido, isso é denominado de solidariedade mecânica. As transformações sociais enfraqueceram a solidariedade mecânica, com a sua substituição pela solidariedade orgânica. “A solidariedade orgânica, também observada por Durkheim, é uma ampliação da consciência. Por meio dela, as pessoas se percebem membros de uma mesma sociedade e se sentem responsáveis a terem determinadas atitudes positivas por perceberem que algo pode ser feito para a construção de uma sociedade melhor. Ocorre esse processo orgânico, as pessoas são diferentes e se complementam”, afirma o filósofo e doutor em educação, Prof. Cesar Augusto Eugenio, da Universidade de Taubaté (UNITAU). Peter Albert David Singer é o filósofo vivo de maior repercussão segundo a revista New Yorker e foi citado como uma das pessoas mais influentes do mundo pela revista Time. Em uma de suas reflexões sobre a desigualdade social, ele explica que se desenvolve naqueles que são muito ricos a cultura da ostentação, da luxúria e do desperdício. Os estudos dele mostram que os países ricos consomem muito mais em quantidade do que os países pobres, sendo eles mais numerosos. E que, se determinados ricos utilizassem 2% da sua fortuna, o que não afetaria a sua riqueza, resolveria o problema da fome no mundo. Para ele, a consciência solidária iria transformar a cultura do desperdício. Dentre as teorias de Peter Singer, o professor César Eugênio também destaca que é necessário incorporar o sentimento de ser útil ao mundo. “Solidariedade é predisposição ao despojamento, à entrega, ao encontro com o outro e, sobretudo, a percepção e a consciência de que o outro compartilha da mesma vida que nós”. Segundo o professor, pequenas ações geram mudanças de comportamento e fazem as pessoas se sentirem melhores na medida em que elas percebem que essas atitudes são positivas e transformadoras. “O primeiro passo para ser solidário é começar a desenvolver a consciência do despojamento. A percepção do outro dá um novo significado à vida”, finaliza o professor. Um dos exemplos da prática da solidariedade por alunos e professores da UNITAU é a participação no projeto Rondon. Essa é uma ação do Governo Federal que envolve a participação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções para o desenvolvimento de comunidades. Foram aprovadas para 2022 duas propostas da UNITAU. A estudante de Direito Nathália da Cruz Muniz, que participará da primeira expedição em Grão Mogol, município em Minas Gerais, explica o quanto o projeto contribuiu para a sua percepção de solidariedade, olhando para a necessidade do próximo. “O Projeto Rondon, assim como outras ações sociais, é um grande incentivo para que as pessoas não pensem somente em si. Ele nos abre os olhos e expande nosso campo de visão crítica. É importante sermos lembrados que tudo não se resume só a nós, mas também aos outros”, diz. A universitária do curso de Medicina Sarah Soares de Mello Mendes Moreira também participa do projeto, na operação “Amapá mais forte”, em Calçoene. Ela afirma que a proposta está relacionada com ser solidário, pois o princípio básico é o voluntariado. “O projeto nos proporciona uma troca de conhecimentos única. É um momento de reconhecer as diferenças e de valorizar a troca de informações e de culturas. Esse tipo de experiência é muito importante em nossa formação, pois o objetivo, tanto de nossa jornada acadêmica, quanto do projeto Rondon, é ser útil aos outros”, comenta a aluna. Quer desenvolver uma consciência solidária? Confira, abaixo, algumas dicas destacadas pelo professor Cesar Eugenio. A solidariedade se amplia na percepção do outro, as pessoas se ajudam independentemente da classe social a quem pertencem. Mudança de atitude. Mudança de visão. Mudança de percepção de mundo. Desenvolvimento das virtudes da tolerância. A solidariedade é uma grande mola para a transformação social.
Alunos de letras e história produzem cartilha sobre direitos humanos
Em 10 de dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou oficialmente a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Elaborada por representantes de diferentes origens jurídicas e culturais de todas as regiões do mundo, a Declaração foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris. Com uma parte inicial (preâmbulo) e 30 artigos, a Declaração foi uma resposta às atrocidades cometidas em duas guerras mundiais. Ao afirmar, pela primeira vez, em escala planetária, o papel dos direitos humanos na convivência coletiva, é estabelecida a proteção universal dos ideais de liberdade de pensamento, de expressão e de igualdade perante a lei. Na Universidade de Taubaté (UNITAU), os alunos dos 3º e 4º períodos dos cursos de licenciatura em Letras e História desenvolveram cartilhas sobre os direitos humanos, apresentando de uma forma mais didática os principais conteúdos. “Nós trabalhamos um dos módulos da disciplina de Sociologia da Educação, que foi Educação em direitos humanos. Então, no início do semestre, fiz uma proposta para os alunos sobre as Práticas como componente curricular (PCC), partindo de experiências que tive de outras disciplinas”, afirma o Prof. Dr. André Luiz da Silva. Segundo o professor, a ideia foi facilitar o entendimento por meio da divisão em temas. “Sugeri a ideia de fazer uma cartilha dos direitos humanos voltada para os alunos da educação básica. E a atividade foi organizada em nove temas, com grupos vulneráveis ou de minorias na sociedade brasileira. A atividade foi dividida em três etapas”, conta o professor. A primeira etapa foi uma pesquisa individual. Em seguida, os alunos trocaram entre si suas experiências sobre o que haviam pesquisado. E a etapa final foi a apresentação em sala. “As apresentações duraram duas semanas e foi muito legal porque foi um aprendizado coletivo. Foi um momento muito importante de troca, de depoimentos entre a turma e eu também pude colocar a importância dos direitos humanos”. O professor citou alguns exemplos de temas trabalhados. “Pudemos trazer para discussão situações de bullying, de preconceito, de discriminação que acontecem em sala de aula. Ter esse conhecimento sobre Direitos Humanos deixa o aluno alerta para que ele possa saber como agir quando presenciar situações dessas no contexto escolar”, reforça o professor André. Para o professor, os direitos humanos precisam ser permanentemente lembrados. “Por incrível que pareça, há grupos na sociedade que entendem que a dignidade da pessoa humana não é universal, não tem o mesmo peso para todos. Então, a todo momento, e, especialmente, o dia 10 de dezembro deve levar a sociedade a refletir sobre a importância dos Direitos Humanos e da Declaração e, principalmente, no âmbito da educação, desde a educação fundamental até a graduação, para promover os direitos daquelas pessoas que mais sofrem ataques”. A iniciativa foi aprovada pelos alunos. Vinícius Feres Laud, do 4º período do curso de História, trabalhou com o tema da discriminação racial. “Foi uma experiência muito boa, porque eu consegui complementar mais algumas ideias que eu já tinha, porém eu não tinha tanto embasamento. E, com esse trabalho, eu consegui ter uma visão mais ampla e que podem existir diferentes questões, mesmo não tendo trabalhado isso na prática ainda. Quando estudamos é diferente, pessoalmente é muito mais difícil, o impacto é muito maior”. A proposta do PCC é uma tentativa de solucionar o desafio de associar teoria e prática para os futuros professores como complemento dos conhecimentos, das competências e das habilidades adquiridas no currículo do curso. A também docente do Departamento de Letras da UNITAU, Profa. Dra. Adriana Cintra de Carvalho Pinto, comenta sobre a nova exigência das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para os currículos de licenciatura. “Os alunos precisam fazer ações, atividades práticas, envolvendo os conhecimentos que eles adquirem na Universidade, e essas práticas têm de estar voltadas à comunidade”, informa a professora.
Curso de agronomia da UNITAU cultiva planta regeneradora de solos
Em 2002, durante o 27º Congresso mundial de ciência do solo, em Bangkog, na Tailândia, a Sociedade internacional de ciência do solo (IUSS) idealizou o “Dia mundial do solo”. Para celebrar essa data, foi escolhido o dia 5 de dezembro como uma homenagem ao rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, que é conhecido pela sua grande dedicação em preservar esse recurso natural. A Assembleia geral das nações unidas oficializou, por meio da resolução nº 68/232, de 20 de dezembro de 2013, o “Dia mundial do solo”, comemorado em 5 de dezembro. Então, em 2014 a data foi comemorada pela primeira vez com o intuito de propagar a importância dos solos para a manutenção da vida no planeta Terra. Em homenagem a essa data comemorativa, o Departamento de Agronomia e de Medicina Veterinária da Universidade de Taubaté (UNITAU) promove uma ação para a recuperação do solo, com o objetivo de cuidar desse recurso natural e tratá-lo adequadamente para evitar sua contaminação, sua erosão e sua degradação. O Prof. Dr. Paulo Fortes Neto, doutor em solos e nutrição de plantas, é um dos organizadores da ação e conta que o curso está desenvolvendo essa atividade desde o inverno, quando plantaram aveia e, em setembro, cultivaram a crotalária, uma leguminosa que auxilia na regeneração do solo. “Essas práticas de manejo, em que plantamos, cortamos e depois jogamos o material por cima do solo tem outro ponto positivo, pois ele acaba incorporando carbono no solo”, cita o professor. Ele ainda relembra de uma experiência que solidificou o estudo. “Quando, por exemplo, eu plantei aveia, ela cresceu e fixou carbono na atmosfera. Depois, entre 60 e 90 dias, eu cortei toda a aveia e aquela matéria orgânica, formada pelos restos da planta colhida, foi se decompondo e boa parte do carbono que foi fixado pela planta foi concentrado no solo”, explica. O doutor em Agronomia conta que outra espécie também passou pelo mesmo processo. “Em setembro, eu plantei a crotalária (leguminosa de rápido crescimento), ela cresceu e já está no ponto de cortar também e ser incorporada ao solo”, descreve. O docente explica que esse processo melhora as condições físicas do solo, facilita a entrada de água, auxilia na respiração das raízes das plantas, o solo se torna mais resistente à seca e, ainda, mais fofo, consequentemente, a planta conseguirá extrair nutrientes com maior facilidade. Como curiosidade, Paulo Fortes também relata que “nós também temos a microbiota do solo, um conjunto de microrganismos, como fungos, bactérias e vírus, as minhocas, as larvas e insetos que estão todos sobrevivendo nesse material”, diz. “Ao cortar a crotalária, provavelmente, irá sair um bloco de terra com a raiz, que contém nódulos com as bactérias que estão fazendo a fixação biológica do nitrogênio”. Após todo o processo realizado, o professor afirmou que será cultivado repolho ou couve-flor no solo. “Na televisão, vemos muitas cenas e propagandas de máquinas colhendo algodão ou milho, sob uma cobertura do solo composta por restos culturais (plantio direto). Já a nossa proposta é o plantio direto para o cultivo de frutas e hortaliças. Ao invés de eu fazer uma grande área como a gente vê na televisão, a gente pode fazer em uma escala menor para os produtores de horta e assim ele economiza água, o uso de agrotóxicos e o uso de adubo”, expõe. O agrônomo também indica porque devemos ter um cuidado tão grande com o solo, pois a degradação pode afetar o seu uso para a produção de alimentos. “O solo é um recurso natural que levou muito tempo para ser formado e ele apresenta características que favorecem o desenvolvimento dos alimentos, que é a base para todo o processo produtivo. Assim, o solo tem um papel fundamental para a sociedade e para o planeta Terra”, pontua. Para o docente, é essencial que essa data seja celebrada e ações referentes a ela sejam feitas para que a população se conscientize e combata alguns problemas, como, por exemplo, o manejado incorreto do solo, o aumento de áreas de solo contaminado e a erosão. Confira 3 atitudes recomendadas pelo professor que a população pode exercer para preservar o solo: – Aplicar matéria orgânica; – Não atear fogo em matas e não desmatar a vegetação – Quando for realizar alguma prática de manejo, sempre obedecer a declividade do terreno, para evitar a erosão Fotos: Renata Moraes
Professora esclarece mitos e reforça importância da doação de sangue
O Dia nacional do doador de sangue, comemorado em 25 de novembro, tem como o objetivo não só agradecer aos doadores, como também conscientizar sobre a importância desse ato, pois cada bolsa doada pode salvar até quatro vidas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a porcentagem ideal de doadores para um país esteja entre 3,5% e 5% de sua população. No Brasil, esse número não chega a 2%. Novembro foi o mês escolhido para promover a importância da data por, geralmente, ser um período de estoques baixos. Isso acontece devido à proximidade das datas comemorativas de fim de ano e das férias. Com isso, o dia torna-se um grande lembrete para um ato solidário. A Profa. Dra. Vania Maria de Araújo Giaretta, do curso de Enfermagem da Universidade de Taubaté (UNITAU), explica que um dos principais motivos para doar é atender à necessidade dos hemonúcleos, que são responsáveis por fornecer sangue aos hospitais da rede pública ou privada. “O sangue doado tem validade de um a três meses, por isso sempre ocorre a procura. Além do mais, existem pessoas que precisam de doações várias vezes ao ano, para transplantes ou tratamento contra o câncer e até mesmo para pacientes que estão tratando complicações da Covid-19”, explica. Apesar dos avanços da tecnologia e da Medicina, não existem medicamentos que podem substituir as células do sangue. No entanto, segundo a professora, a desinformação pode ser um fator agravante para a falta de doadores no país. “Existe o medo da agulha, que é muito frequente, o de pegar alguma doença ao doar, mas a maioria não entende a importância, pois falta informação”, comenta. O procedimento para doar é simples, rápido e seguro. Não há risco para o doador, pois nenhum material empregado na coleta é reutilizado. Além disso, o corpo humano é portador de 4 litros de sangue, e o que é doado varia entre 300 ml e 400 ml, sendo que em três dias o organismo está renovado e não há comprometimento para a imunidade. Os voluntários podem doar até quatro vezes ao ano, com intervalos que podem variar de dois a três meses. Confira mais informações para ser um doador. Segundo o Ministério da Saúde, em 2020, as doações diminuíram em 10% por conta da pandemia do coronavírus. Pacientes que tiveram a doença devem aguardar 30 dias após o fim dos sintomas para doarem. A doação de sangue é segura e não contraindica a vacinação. Quem tomou a CoronaVac, do Butantan, precisa esperar 48 horas. Já os que receberam a AstraZeneca, da Fiocruz, ou a Pfizer, podem fazer a doação depois de sete dias. O Hemonúcleo de Taubaté, localizado na Av. Inglaterra, 190, no Jardim das Nações, recebe doações por agendamento e é o órgão responsável pelo banco de sangue que abastece os hospitais do Vale do Paraíba. As campanhas de doação de sangue são de extrema importância para informar e conscientizar sobre esse ato de desprendimento e amor ao próximo. “Eu acredito que a frequência nas campanhas, até mesmo com os próprios universitários e a parceria das universidades com o Hemonúcleo, são meios para aumentar o fluxo de doadores”, conclui a professora Vania.
Atividade interdisciplinar com alunos do ensino médio relaciona física e nutrição
Alunos do terceiro ano do ensino médio do Colégio Viver e Aprender, da cidade de Campos do Jordão, participaram de uma aula prática no laboratório de técnica dietética, do departamento de Nutrição da Universidade de Taubaté (UNITAU), e aprenderam a calcular a densidade energética e a melhorar suas escolhas alimentares. “A definição de densidade energética ajuda muito nas escolhas alimentares mais adequadas. Quando os alimentos possuem alta densidade energética, uma pequena quantidade dessa comida tem muitas calorias, ou seja, comemos uma quantidade de comida que não nos sacia, mas ingerimos mais calorias do que é necessário”, explica a Profa. Dra. Fabíola Figueiredo Nejar, docente do curso de Nutrição da UNITAU e uma das organizadoras da atividade. A proposta da aula foi a construção de dois bolos. Antes de inserir os ingredientes, os alunos deveriam pesar os alimentos em uma balança e logo após fazer o cálculo da densidade energética. Ao final da atividade, os alunos puderam comer suas criações. No começo da aula foram estabelecidas as regras de convivência, quando foram explicados todos os protocolos de biossegurança devido à covid-19 e combinado que, na hora de comer, todos deveriam manter o distanciamento, não sendo permitido provar os ingredientes durante o preparo. Os estudantes ficaram eufóricos com a atividade por ser sua primeira excursão em quase dois anos de pandemia. “Foi muito divertido poder sair do colégio depois de tanto tempo, ainda mais sendo o último ano. Estamos conseguindo criar memórias”, declara Mickaelli Maria de Palma Francisco, de 17 anos, aluna do terceiro ano do ensino médio. De acordo com a Profa. Dra. Amanda Romão de Paiva, professora no colégio e docente no curso de Física da UNITAU, a ideia do projeto surgiu em 2019 com alunos da universidade, mas, por conta da pandemia, teve uma pausa em seu primeiro ano de realização. “Alunos do curso de Física e de Nutrição da UNITAU se integraram com essa atividade que fizemos hoje, e agora que conseguimos voltar com as atividades presenciais, achei importante envolver alunos que estão se formando no ensino médio. Eles podem entrar no ambiente universitário e ver as possibilidades, podem ver que todos são capazes de ingressar em uma faculdade”. É muito importante trazer essa integração e mostrar aos alunos que a universidade é algo possível. Luís Felipe de Sousa, do terceiro ano do ensino médio, afirma que já tem perspectivas para seu futuro. “Gostei muito de poder cozinhar com meus amigos, porque faço bastante isso em casa. Planejo fazer faculdade de gastronomia e me aprofundar mais no assunto”. Ao final, os alunos concluíram que os bolos, mesmo sendo de sabores diferentes e preparados de forma distinta, não possuem tanta diferença na densidade energética. “Eles devem ser ingeridos em conjunto com outros alimentos, como uma fruta, aveia, linhaça ou suco não coado, porém nunca isoladamente. Também pode ser comido antes de uma atividade física, pois assim terá um gasto energético maior”, ressalta a professora Fabíola. “Aprendi que a culinária não é apenas fazer comida para se alimentar. Tem a parte da física, de medir todos os ingredientes para o bolo dar certo. Essa integração entre mim e meus colegas também me ensinou bastante sobre como me relacionar em equipe”, conta o estudante Pedro Lerin.
Alunos e egressos da UNITAU se destacam no mundo esportivo internacional
Seja na área de Educação Física ou Fisioterapia, os alunos conseguem conciliar as atividades acadêmicas e profissionais com o próprio apoio da Universidade Assim como muitas profissões, a carreira de um atleta exige muito foco e disciplina logo cedo. Nos primeiros anos de vida, já pode ser perceptível o empenho e a dedicação para determinados esportes. Porém, para se aprofundarem na carreira e adquirirem cada vez mais experiência, muitos buscam por uma graduação. A Universidade de Taubaté (UNITAU), por exemplo, forma, há anos, diversos atletas e profissionais que atuam no mundo todo. O Prof. Me. Edésio da Silva Santos, diretor do Departamento de Educação Física da UNITAU, ressalta a importância da graduação para o atleta, pois isso possibilitará muitas oportunidades para ele. “A diferença do atleta que tem graduação para aquele que não tem é gritante. Um atleta, quando para de jogar, se sente perdido em relação ao que fazer, já o atleta graduado pode se tornar técnico, personal, professor, ou ainda pode escolher outra profissão dentro da área dele”, diz. O professor ainda conta que muitos atletas que já passaram pela UNITAU tiveram, inclusive, o incentivo financeiro por meio da bolsa atleta, disponibilizada pela Pró-reitoria Estudantil da Universidade. “Eu vejo o Tatá e tenho muito orgulho. Foi nosso aluno e hoje está na seleção brasileira! Vai representar o Brasil no Japão. É uma honra para o país e para todos nós. Para nós, professores, é um trabalho que nos deixa muito felizes. Não só por esses que são conhecidos, mas por todos aqueles que conseguiram atingir, pelo esporte, os seus maiores objetivos”, expõe. O egresso do curso de Educação Física Marcus Ricardo de Oliveira, mais conhecido como Tatá e atual técnico da seleção brasileira de handebol, iniciou sua carreira com o esporte desde cedo. Além de ter feito parte do time de handebol de Taubaté, passou por diversos outros, como o de Pindamonhangaba, o Clube Vasco da Gama, o de São José dos Campos e o de Guaratinguetá. Em 2007, Marcus foi nomeado treinador da equipe de handebol de Taubaté, enquanto ainda era estudante. Logo em seguida, em 2008, concluiu sua graduação na UNITAU. “Como eu já era muito ligado na parte organizacional da equipe, gostava de dar treino junto com o treinador e estudava bastante a modalidade handebol, decidi que, para eu ter um pouco mais de êxito e uma carreira como treinador, teria de fazer o curso de Educação Física. Então, escolhi a Universidade de Taubaté por ser bem conceituada na área e consegui uma bolsa de estudo, a bolsa atleta, que me ajudou muito”, relembra. A ginasta Jade Louize Lopes de Aguiar está no último ano do curso de Educação Física e também é uma atleta que teve contato com o esporte desde cedo e, atualmente, participa de competições e torneios. “Eu tinha por volta de seis anos quando tive o primeiro contato com a ginástica, porém não levei adiante. Voltei a treinar com onze anos, mas não oficialmente. Bem mais velha, com quinze anos, procurei pela ginástica rítmica de Taubaté e estou nela até hoje”, conta. A aluna comenta que optou por realizar a graduação para expandir o seu horizonte em relação ao mundo esportivo. “Ao longo dos anos, tive a oportunidade de me apaixonar cada vez mais pelo esporte. Surgiu em mim a vontade de ser técnica de ginástica rítmica, então optei pela graduação. A UNITAU me proporcionou diversas oportunidades”, menciona. A Profa. Dra. Alex Sandra Oliveira de Cerqueira Soares, diretora do Departamento de Fisioterapia da UNITAU, relata que o curso recebe muitos atletas e ex-atletas que têm uma grande vocação para trabalhar na área, mas também menciona que outros estudantes ingressam com outros interesses e, quando se aproximam do universo da Fisioterapia esportiva, se encantam pela área de atuação. Os universitários ainda vivenciam a área em projetos de extensão, como o “InformaDor”, que trabalha com a prevenção de lesões. “O esporte ensina que a dedicação e o empenho são necessários para alcançar todos os objetivos e, junto disso, vem o senso de equipe. Acho que isso forma grandes pessoas”, complementa a docente. “Fico muito feliz de saber que os alunos se destacam hoje, pois os conceitos básicos e essenciais que oferecemos a eles na graduação tornaram-se a base que eles levam para a vida profissional e ainda têm a sede por aprender”, finaliza. Um dos egressos do curso de Fisioterapia que se destacou no meio esportivo após a graduação foi Victor Campos de Faria, que concluiu o curso em 2020. O fisioterapeuta relembra que jogava futebol desde criança e, quando cresceu, decidiu que iria trabalhar na área. A trajetória de Victor se iniciou em 2018, quando estagiou na categoria de base do Esporte Clube Taubaté (ECT). Em 2019, subiu para a equipe principal do ECT e assumiu também a equipe do futebol feminino. Já em 2021, participou de um processo seletivo no Sport Club Corinthians Paulista, no qual foi aprovado e assumiu a equipe principal de futsal do time. “O curso de Fisioterapia foi um divisor de águas na minha carreira. Desde o início da graduação, sempre tive o interesse pela fisioterapia esportiva e queria trabalhar com isso. A Universidade me abriu portas para participar de congressos, cursos relacionados à área, fazer contatos com muitos profissionais e visitar centros de reabilitação”, relata o profissional. Rodolfo Aparecido de Melo Monteiro é mais um exemplo de que a graduação foi fundamental na carreira. O ex-aluno do curso de Fisioterapia, da turma de 2010, conta que, após inúmeras visitas a treinamentos da equipe brasileira de judô, foi convidado para atuar em um evento em São Paulo, junto à seleção brasileira de judô. Foi aprovado e, desde então, faz parte da equipe médica da seleção. “No momento da matrícula, eu já imaginava trabalhar na área do esporte, só não esperava que o destino iria me colocar junto a uma seleção brasileira olímpica. Hoje, é o mais alto patamar dentro da profissão, podendo colaborar no tratamento de atletas reconhecidos mundialmente e representando seu país”, conta. Rodolfo evidencia que o corpo docente do curso e o contato que teve com a
FEMA – Mestrado de ex-aluno é aprovado na UFRGS
Leonardo Henrique Gomes é formado em Química Industrial pela FEMA e defendeu recentemente sua dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Material da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Leonardo Henrique Gomes, formado em 2013 no curso de Química Industrial da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA), e que atualmente mora em Porto Alegre (RS), defendeu sua dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais (PPGE3M) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A dissertação, intitulada “Simulação Termodinâmica de Operações Pirometalúrgicas de Reciclagem de Baterias Chumbo-Ácido”, foi desenvolvida e defendida no Núcleo de Termodinâmica Computacional (NTCm) do Departamento de Metalurgia da UFRGS. Em seu trabalho, Leonardo apresentou de forma geral, conceitos sobre o processo de reciclagem de baterias chumbo-ácido, e a utilização do software FactSage como ferramenta computacional. Apresentou também uma discussão sobre as questões complexas da simulação termodinâmica do processo, bem como o uso de diferentes etapas tornando possível a simulação de cada uma delas, levando em conta as suas condições e particularidades como, por exemplo, o papel do ferro na eliminação primária do enxofre no chumbo líquido. “Através da simulação, foi possível salientar, também, o importante papel do sódio na reciclagem do chumbo das baterias: para o caso simulado no presente trabalho, este metal não só foi capaz de reduzir o teor de enxofre no chumbo líquido à cerca de 1/10 do seu teor inicial, como também proporcionou a sua transferência para a fase matte (escória) – ao invés de eliminá-lo como SO2. Isto é um fator muito importante quando se analisa o processo da reciclagem do chumbo das baterias, não só sob o ponto da metalurgia extrativa, mas também sob o ponto de vista da proteção ao meio ambiente”, conta o ex-aluno. De acordo com o estudante, o tempo de desenvolvimento da dissertação foi “um período intenso e muito difícil. Estava conciliando o mestrado com o trabalho, então passei várias madrugadas e finais de semana estudando, escrevendo a dissertação, trabalhos para congressos, revisando aulas, indo para o laboratório. Foi uma experiência incrível e gratificante, com muitos aprendizados. O maior desafio foi durante a realização das simulações e análises através da utilização do software FactSage, pois teve o envolvimento de módulos matemáticos, cálculos termoquímicos, tabelas, gráficos e diagramas de fases, e posteriormente as discussões finais”, relata. A pesquisa feita por Leonardo possibilitou o aprofundamento de conceitos em química, a elaboração de hipóteses e abriu novas discussões sobre as baterias chumbo-ácido, principalmente em relação ao meio ambiente e está disponível para consulta e download no repositório da UFRGS. Atualmente, o ex-aluno é doutorando pelo mesmo programa, atuando no Laboratório de Processamento Mineral (LAPROM) sob a orientação do professor doutor Irineu Antônio Schadach de Brum, desenvolvendo pesquisas no tratamento de resíduos e recuperação de chumbo na escória proveniente da reciclagem de baterias chumbo-ácido. “Eu agradeço especialmente ao meu orientador, o professor doutor Nestor Cezar Heck, pela dedicação e parceria, e a direção e gerência do laboratório da Embacaps (Porto Alegre/RS), pela liberação e apoio para sair em períodos de aulas e viagens para congressos, a direção e gerência administrativa do Grupo Dallon (Jacarezinho/PR), que foi base para o início do mestrado e, é claro, aos professores do curso de Química Industrial da FEMA por todo aprendizado, pois, com certeza, fez toda a diferença na minha carreira profissional e acadêmica”, explica o ex-aluno da FEMA.
Unifadra – Egressos do curso de Psicologia se destacam no Ensino Superior da instituição
De volta “à casa”, os professores Paloma Emanoela Fava Felix e Eduardo Antoniassi Oliveira se destacam pela exemplar atuação no processo formativo de novos psicólogos O curso de Psicologia da Unifadra vem formando nos últimos anos profissionais que se destacam em diferentes campos de trabalho: clínicas, empresas, escolas, hospitais, ensino superior, entre outros. A Unifadra tem o prazer de contar com dois profissionais formados pela própria instituição que, de volta “à casa”, agora como docentes, destacam-se pela exemplar atuação no processo formativo de novos psicólogos: a Profa. Especialista Paloma Emanoela Fava Felix e o Prof. Especialista Eduardo Antoniassi Oliveira. A Profa. Paloma, formada pela Unifadra em 2013, especialista em Psicologia e Saúde pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) e prestes a concluir a especialização em Neuropsicologia, pelo Instituto de Ensino, Capacitação e Pós-graduação (INDEP), inicia em 2021 sua trajetória em busca do título de mestrado em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). O Prof. Eduardo, formado pela Unifadra em 2016, especialista em Psicanálise pela Faculdade da Fundação Educacional Araçatuba (FAC FEA) e membro associado da UBE – União Brasileira de Escritores, caminha em busca de uma nova especialização, agora em Arteterapia pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI). A Profa. Ma. Andréa Frizo, coordenadora do curso de Psicologia da Unifadra, ressaltou que “é com muito orgulho que acompanhamos o desenvolvimento profissional de nossos egressos, agora colegas de profissão. É motivo de muita felicidade para a instituição ter participado do processo formativo de profissionais de alta qualidade, como a Profa. Paloma e o Prof. Eduardo”. A coordenadora avalia, ao olhar para esses dois profissionais, assim como para tantos outros psicólogos formados pela Unifadra, que “a instituição e seu corpo docente vêm cumprindo com excelência a tarefa de proporcionar os conhecimentos iniciais que fundamentam a prática profissional do psicólogo, preparando-os para o mercado de trabalho, assim como para a continuidade de seu processo formativo”. E finaliza afirmando que a Profa. Paloma e o Prof. Eduardo confirmam a velha frase de Aristóteles: “o verdadeiro discípulo é aquele que supera o mestre”. O diretor acadêmico da Unifadra Prof. Dr. Enio Garbelini ressalta que é motivo de muita satisfação e orgulho saber que alunos egressos estão desenvolvendo carreiras de sucesso, principalmente por voltarem à instituição como docentes. Isso mostra a qualidade da formação que receberam e também o quanto poderão contribuir na formação de novos profissionais.