Imunologista que liderou o sequenciamento do genoma do coronavírus passa a integrar docência da USCS
Ester Sabino já participava de ações ligadas à Universidade por meio do programa Disk Coronavírus (Prefeitura de São Caetano do Sul / USCS / USP) Desde o dia 1º de agosto, data em que a USCS comemora seus 53 anos de atividades, a instituição passou a contar, em seu corpo docente, com a Profª. Dra. Ester Sabino. Médica, imunologista e ex-diretora do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP), a docente liderou o sequenciamento do genoma do coronavírus. “Durante a epidemia, tive a oportunidade de trabalhar junto ao projeto Corona São Caetano, quando, no início, fazíamos o PCR lá no Instituto de Medicina Tropical da USP, depois veio para cá, mas, com isso, ajudamos a montar um sistema de dados para coleta e acompanhamento desses pacientes, e essa é uma área que o Brasil precisa melhorar e desenvolver, que são tecnologias para o Sistema Único de Saúde, para a atenção primária, e por isso hoje eu estou aqui, nessa busca por tecnologias melhores para a gente melhorar a atenção que é dada ao paciente do SUS”, destaca a imunologista. O Reitor da USCS, Prof. Leandro Prearo, ressalta a atuação da docente como uma importante contribuição para a pesquisa da universidade “A chegada da professora Ester representa nossa vontade e intenção de transformar a USCS em um dos maiores polos de pesquisa em saúde do País”. Enquanto docente da USP, em 2020, Ester já se preparava para sequenciar o genoma das primeiras cepas do vírus Sars-CoV-2, antes mesmo que ele chegasse ao Brasil, liderando um time de pesquisadores da USP e do Instituto Adolfo Lutz. Em 28 de fevereiro do ano passado, 48 horas após a confirmação dos dois primeiros casos de covid-19 em São Paulo, foram publicados os genomas completos dos vírus desses pacientes, com informações essenciais para a identificação genética e o rastreamento epidemiológico do coronavírus.
Alunos e docente de Educação Física da UniFAI apresentam trabalho em Simpósio Internacional de Atividade Física Adaptada
Trata-se do maior evento internacional que compete à área de atividade física adaptada, que trabalha com pessoas com deficiência em todas as esferas A Prof.ª Dra. Gabriela Gallucci Toloi Cardoso e os alunos Matheus Borges Iwazaki e Vinícius Natan Calixto de Souza, ambos atualmente no 7º termo do curso de Bacharelado em Educação Física, participaram de maneira remota de um simpósio internacional, representando o Brasil e o Centro Universitário de Adamantina (UniFAI). “É o maior evento internacional que compete à área de atividade física adaptada, a qual trabalha com pessoas com deficiência em todas as esferas. É extremamente importante para mim, como professora universitária, participar desse evento e representar a minha universidade”, explicou a Prof.ª Dra. Gabriela Toloi. Eles apresentaram o artigo “Proposta de atividades motoras adaptadas ao aluno com autismo visando apoio às atividades pedagógicas e sociais durante a quarentena da Covid-19”, que integrou o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos dois estudantes no curso de Licenciatura em Educação Física. “A partir da qualidade do TCC que o Vinícius e o Matheus fizeram, eu ofereci a eles essa possibilidade. Nós trabalhamos juntos no TCC e na reestruturação para esse novo formato que foi on-line, a nossa pesquisa teve coleta de dados, optou por algumas características de diferenciação por conta da Covid-19 [novo coronavírus] e o resultado foi extremamente significativo não só para eles, mas também para a família e o aluno com autismo que participou da pesquisa. Então, achei que a gente poderia tentar enviar esse trabalho para o ISAPA”, detalhou a docente. Realizado a cada dois anos, o International Symposium of Adapted Physical Activity (ISAPA – Simpósio Internacional de Atividade Física Adaptada, em tradução livre) deste ano foi organizado pela Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, entre os dias 15 e 18 de junho e contou com a participação de centenas de estudantes do mundo todo, entre eles, 36 sul-americanos, sendo 24 brasileiros, nove chilenos, dois venezuelanos e um colombiano. O Brasil é o terceiro país com maior número de participantes, apenas atrás da Finlândia e dos Estados Unidos. Dez instituições brasileiras foram representadas no evento em 2021: Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com oito participantes; Universidade de Campinas (Unicamp), com cinco; Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com três; Universidade de São Paulo (USP), com dois; Universidade Católica de Brasília (UCB), com um; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) com um; Universidade Federal do Pará (UFPA) com um; Universidade Federal de Viçosa (UFV), com um; HSA, com um; e UniFAI, com um participante (apenas a docente foi inscrita). Os participantes previamente inscritos são convidados pelo Comitê Organizador a enviar propostas de resumos para apresentações orais e pôsteres, bem como sessões inovadoras e mini simpósios on-line. O tema do ISAPA 2021 On-line foi “Parcerias de Qualidade em Atividade Física Adaptada: Mais Fortes Juntos!”. “Obviamente que partiu de grande dedicação de minha parte a reestruturação da nomenclatura inteira na língua inglesa e nos formatos do simpósio que é bem diferente do TCC que eles apresentaram. Mas os alunos participaram de maneira integral e se sentiram muito felizes com isso e a minha maior vitória e maior expectativa era por eles mesmo. O ápice de tudo isso foi quando nós fizemos a apresentação juntos, uma vez que essa apresentação pôde ser gravada e enviada ao simpósio ‘a priori’ do dia da apresentação, porque eles não tiveram a oportunidade de acompanhar e participar por conta do valor bastante expressivo [da inscrição]”, disse Gabriela. “Quero agradecer a professora Gabriela por proporcionar isso. Foi uma experiência incrível, foi algo especial por ter esse reconhecimento e ver nosso esforço ser recompensado com uma apresentação em um congresso internacional, pois nunca imaginei algo assim. Esse congresso contribui de forma positiva, pois é difícil ter essa oportunidade de apresentação internacional, podendo, assim, trazer diversas oportunidades futuras e, é claro, agregando valor na área profissional, na área pessoal e também é uma experiência de vida”, declarou Matheus Iwazaki. “Desde que ingressei na faculdade, de maneira nenhuma poderia sequer imaginar que teria essa oportunidade. Para mim foi um privilégio e uma grande honra. A orientação da Prof.ª Dra. Gabriela foi o que possibilitou o desenvolver desse trabalho, culminando no surgimento e realização deste sonho. Foi um grande desafio em todos os quesitos, mas também agradeço ao meu companheiro de trabalho, Matheus, por sempre me auxiliar em toda esta caminhada. Uma chance única e, graças a Deus, abraçamos com todas as forças”, comemorou Vinícius Natan. Segundo o site oficial do evento (em inglês), “o programa científico concentra-se em vários campos disciplinares e perspectivas”. Neste ano, os temas abordados foram: “Atividade física adaptada e envelhecimento”; “Políticas e práticas esportivas para deficientes”; “Equidade, igualdade e direitos humanos na atividade física adaptada”; Práticas inclusivas na pesquisa”; “Educação e atividades ao ar livre”; “Parceria de qualidade em Educação Física Adaptada”; “Desenho universal para aprendizagem e participação”; entre outros. “A educação física é uma área rica em conteúdo, na qual o profissional tem a possibilidade de trilhar muitos caminhos, cada área de atuação é fundamental para a saúde e educação. Fato é, que vemos diversos estudos científicos sendo desenvolvidos, ter tido essa experiência aumenta significativamente meus conhecimentos empíricos, aprimorando minhas habilidades, o ato de pesquisar também ensina o pesquisador. Sei que muitas coisas boas ainda estão por vir, sou imensamente grato por ter tido esta oportunidade”, detalhou Vinícius Natan. “Foi bastante emocionante vê-los ali participando e se sentindo orgulhosos pelo trabalho que eles fizeram no qual eu simplesmente fui a porta-voz na língua inglesa. Essa é minha meta como professora: poder propiciar aos alunos cada vez mais qualidade no ensino e em outras esferas, como participar de um simpósio internacional”, completou Gabriela Toloi.