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Médica especialista em Saúde Pública da UNITAU comenta sobre os desafios do ensino médico durante a pandemia

A pandemia não mudou somente a forma de aprender e ensinar, mas também impactou na atuação médica, o que exige que os futuros profissionais tenham um olhar ainda mais coletivo e empático A pandemia do novo coronavírus é considerada uma das questões mais impactantes em relação à saúde mundial. Vários desafios se configuraram por conta da Covid-19. Um deles, a formação médica, que exigiu uma rápida adaptação e uma remodelação na forma de ensinar e aprender. Garantir uma formação ética, profissional e, sobretudo, humana é um dos valores do curso de Medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU) há quase 55 anos e, diante da nova realidade, professores e alunos precisaram se adaptar. “Nosso curso é muito tradicional e reconhecido por isso nacionalmente. Com a pandemia, tivemos de nos adaptar ao novo cenário e nossa maior preocupação e desafio foi manter o ritmo e qualidade das aulas. Fizemos isso muito rapidamente. As aulas ficaram suspensas por apenas uma semana no início de março de 2020”, explica a Profa. Dra. Maria Stella da Costa Zöllner, Diretora do Departamento. Isabela Caroline de Almeida, aluna do 8º semestre do curso, também sentiu o impacto da pandemia na rotina e nas tarefas do dia a dia e comenta que a agilidade da Instituição e o apoio dos professores foram fundamentais para a adaptação ao novo modelo de ensino e aprendizagem. “No início, foi um pouco difícil, principalmente em relação à minha rotina de estudos. Mas a Universidade se adaptou rapidamente e os professores foram muito compreensivos, nos tranquilizando sobre as aulas práticas, pois daria tempo de repor o que precisasse”, conta Isabela. Mas a pandemia não mudou somente a forma de aprender e ensinar. A maior crise da humanidade também impactou na atuação médica, o que exige que os futuros profissionais tenham um olhar ainda mais coletivo e empático. “Medicina vai além do diagnóstico, da ética na ciência e na prática. O que estamos vivenciando hoje vai mudar para sempre as relações humanas, entre médico e paciente”, destaca a Dra. Stella. A futura médica, Isabela Carolina, também compartilha o pensamento de sua professora e relata “Todos nós esperamos médicos preparados de forma técnica, mas que sejam empáticos, humanizados e que se preocupem em tratar pessoas, e não somente doenças. Eu gosto bastante da frase ‘conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas, ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana’, de Carl Jung. Acredito que esse deve ser nosso principal objetivo, sempre”, finaliza a estudante.