UNITAU – Dia Nacional da Ciência marca acessibilidade do conhecimento
Comemorado no dia 08 de julho, a data tem como objetivo dar visibilidade às produções científicas e divulgar esse conhecimento para a comunidade de forma democrática A Profa. Dra. Sheila Cavalca Cortelli, Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade de Taubaté (UNITAU), reforça a importância da data e o papel fundamental do cientista nesse processo. “Cabe a nós, pesquisadores, falar sobre ciência de forma simples e acessível para que, gradativamente, ela se torne parte do cotidiano da população. A figura do profissional cientista deve ser simplificada também”. A ciência nunca esteve tão em foco como agora, isso porque a pandemia causada pelo coronavírus mostrou que a vida depende da ciência. A pesquisa científica desempenha um papel de transformação dos aspectos sociais, econômicos e ambientais. “Quando falamos em pesquisa, aliamos tanto a científica quanto a tecnológica, que gera riquezas e traz soluções. A pesquisa só tem sentido quando, em algum momento de sua evolução, beneficia a comunidade em algum nível. Essa é uma das prerrogativas da Universidade”, comenta a professora. Apesar de ser fonte de conhecimento para muitas questões da humanidade e as respostas resultarem em melhorias e evoluções, o cenário atual não é dos melhores para os pesquisadores. Em momentos de crise econômica, os recursos financeiros ficam mais escassos e a disponibilidade tende a se concentrar em poucas áreas. Isso torna o desafio de captar recursos e comprovar a relevância de uma pesquisa em particular ainda maior. “Temos de lutar a fim de impedir a estagnação das áreas do conhecimento mais afetadas. Particularmente, o Brasil ainda carece de aporte da iniciativa privada nos segmentos de pesquisa e desenvolvimento. Essa situação já foi pior, mas precisa avançar e muito”, ressalta a Pró-reitora. Neste momento de calamidade no país, a ciência é a saída. Prova disso são as vacinas e os medicamentos produzidos para combater o coronavírus, além dos avanços em questões comportamentais, como, por exemplo, o distanciamento social, a importância da higiene e o uso de máscaras. Pesquisadores da pós-graduação em Odontologia da UNITAU, por exemplo, participam de uma investigação científica para avaliar a contaminação de ambientes clínicos pelo SARS-CoV-2, causador da pandemia. Essa pesquisa integra um amplo projeto de abrangência nacional coordenado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com a participação de outras instituições. Com um olhar otimista e voltado para o futuro, a professora Sheila acredita em uma ciência cada vez mais próxima da comunidade e a pesquisa contribuindo com a construção de pessoas mais conscientes, tanto na perspectiva individual quanto na coletiva. “A geração e transferência de conhecimento por meio da ciência e da pesquisa definem um país. E, sobretudo, como ele é visto pelo mundo”, finaliza.
UNITAU alinha produção científica à agenda 2030 da ONU
Nos mestrados acadêmico e profissional em Ciências Ambientais, por exemplo, foram apresentadas nesse mesmo período um total de 64 dissertações que abrangeram 9 dos 17 objetivos da Agenda 2030 Levantamento da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) demonstra que as atividades de iniciação científica desenvolvidas pela Universidade de Taubaté (UNITAU) estão alinhadas com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e já atingem a grande maioria dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). Os 17 objetivos são integrados e indivisíveis e mesclam, de forma equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental. O documento “Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável” foi adotado na Assembleia Geral da ONU em 2015. De acordo com o levantamento da PRPPG, foram produzidas, entre 2017 e 2020, um total de 573 teses e dissertações na UNITAU, atingindo 16 objetivos propostos pela Agenda 2030. Entre as atividades, apresentam maior destaque aquelas cujos objetivos estão relacionados à educação de qualidade (ODS 4 – 260 teses/dissertações), à indústria, à inovação e à infraestrutura (ODS 9 – 87 teses/dissertações) e ao trabalho decente e ao crescimento econômico (ODS 8 – 60 teses/dissertações). “A gente percebe que os maiores desafios da Universidade, assim como os de muitos municípios, são aumentar o engajamento de trabalhos alinhados a ODS com características sociais”, afirma o coordenador adjunto do Mestrado Profissional em Ciências Ambientais, Prof. Dr. Paulo Fortes Neto. Nos mestrados acadêmico e profissional em Ciências Ambientais, por exemplo, foram apresentadas nesse mesmo período um total de 64 dissertações que abrangeram 9 dos 17 objetivos da Agenda 2030. A maioria das dissertações está alinhada com três objetivos: ODS 3 (saúde e qualidade de vida), ODS 6 (água potável e saneamento) e ODS 15 (proteger a vida silvestre). “Essa foi a primeira medição que a gente fez. Esse levantamento refletiu que pontos devemos reforçar. Cada curso deve buscar condições para que os trabalhos caminhem em sentidos complementares, tentar direcionar os estudantes para buscar um ou mais objetivos”, reforça o pesquisador. A próxima análise do professor deve abranger o envolvimento dos municípios da RMVale com a Agenda 2030. Essa análise terá como base o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR), ferramenta criada pelo Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com o Sustainable Development Solutions Network (SDSN) e Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). Confira abaixo os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. ODS 1 – Erradicar a pobreza ODS 2 – Erradicar a fome ODS 3 – Saúde e qualidade de vida ODS 4 – Educação de qualidade ODS 5 – Igualdade de gênero ODS 6 – Água potável e saneamento ODS 7 – Energias renováveis e acessíveis ODS 8 – Trabalho digno e crescimento econômico ODS 9 – Indústria, inovação e infraestruturas ODS 10 – Reduzir as desigualdades ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis ODS 12 – Produção e consumo sustentáveis ODS 13 – Ação climática ODS 14 – Proteger a vida marinha ODS 15 – Proteger a vida silvestre ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes ODS 17 – Parcerias e meios de implementação