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Oncologista e docente da UNITAU alerta sobre riscos do tabagismo durante a pandemia

O tabagismo tem papel de destaque no agravamento da crise do coronavírus, já que pode ser considerado um fator de risco para as formas mais graves, uma vez que fumantes são mais vulneráveis às infecções e às formas de contágio e de transmissão O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco. No mercado nacional e internacional, há uma variedade de itens derivados do tabaco, que podem ser consumidos de várias formas. Todos à base de nicotina, que causa dependência e aumenta o risco de contrair doenças crônicas não transmissíveis (DNCT). O 31 de maio é reconhecido como o Dia mundial do combate ao fumo. Criado em 1987 pela Organização mundial da saúde (OMS), tem o intuito de alertar sobre as doenças e as mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Segundo a Organização pan-americana da saúde (OPAS), o consumo de tabaco e seus derivados é o causador de cerca de 8 milhões de indivíduos por ano. “As preocupações com o tabagismo são contínuas. É uma situação que ocorre nos países em desenvolvimento e nos subdesenvolvidos. São problemas crônicos e, apesar da incidência do tabaco ter diminuído no Brasil consideravelmente nos últimos 20 anos, ainda é uma situação muito presente. Como é uma droga considerada lícita, o tabagismo passa despercebido, fazendo com que se tenha uma ‘vista grossa’ para o grande dano que pode causar para o fumante ou para os que vivem no entorno dele”, comenta o Prof. Dr. Flávio Luiz Lima Salgado, médico especialista em cirurgia oncológica e docente da disciplina de Oncologia da Universidade de Taubaté (UNITAU). O professor ainda esclarece que algumas doenças, além do câncer, podem ser derivadas dessa prática, como doenças vasculares, pulmonares obstrutivas crônicas (asma, bronquite, insuficiência respiratória etc.), que trazem consequências como AVC (acidente vascular cerebral), impotência sexual, aumento no risco de contrair hipertensão, entre outras. O tabagismo e a pandemia De acordo com a OMS, o tabaco mata mais de 7 milhões de fumantes regulares, enquanto cerca de 890 mil correspondem a fumantes passivos, que estiveram expostos à fumaça. Em média, no Brasil, morrem 428 pessoas por dia como consequência da dependência à nicotina, e mais de 156 mil mortes anuais poderiam ser evitadas. A luta contra esse vício se tornou ainda mais complexa quando, em março de 2020, a OMS declarou a pandemia do novo coronavírus, doença responsável por causar infecções respiratórias, que, em sua etapa mais crítica de complicação, há um grave comprometimento da função respiratória, que pode levar ao óbito. O tabagismo tem papel de destaque no agravamento da crise do coronavírus, já que pode ser considerado um fator de risco para as formas mais graves, uma vez que fumantes são mais vulneráveis às infecções e às formas de contágio e de transmissão. Além disso, o tabaco causa diferentes tipos de inflamação e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. “As comorbidades têm no tabaco um grande contribuidor para as doenças pulmonares, para as doenças cardíacas e cardiocirculatórias. Todos nós estamos sujeitos a ter esse problema (Covid-19), mas os pacientes com comorbidades levam desvantagem com relação aos pacientes não fumantes”, ressalta o oncologista. Segundo pesquisa da Fiocruz, 34% dos fumantes brasileiros declararam ter aumentado o número de cigarros fumados durante a pandemia, uma associação da saúde mental dos tabagistas nessa nova realidade, com a piora de quadros de depressão, ansiedade e insônia. “Essa pandemia gerou muitas situações de estresse, então esses aspectos ligados à depressão e à ansiedade contribuem demais para o aumento do tabagismo. Essas pessoas precisam de ajuda profissional, com tratamento e apoio psicológico”, explica o professor. O tratamento No Brasil, O Instituto nacional de câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) é o órgão responsável pelo Programa nacional de controle do tabagismo (PNCT) e pela articulação do tratamento do tabagismo no SUS (Sistema único de saúde). O tratamento inclui avaliação clínica, abordagem mínima ou intensiva, individual ou em grupo e, se necessário, terapia medicamentosa. “O tratamento para parar de fumar leva tempo. Primeiramente, a família precisa colaborar e todos têm de parar juntos. A segunda coisa são os hábitos. Muitas vezes é necessário deixar a bebida alcoólica ou o excesso de café, que são atos que lembram o cigarro. Também é preciso buscar uma alimentação mais natural, comer bastante fruta, tomar bastante água. Atualmente, existem adesivos e outros remédios que procuram substituir essa dependência da nicotina. Inicialmente, eram muito caros, mas hoje esses tratamentos são gratuitos e são feitos pelo SUS”, pontua. O professor ainda menciona que o fumante deve ter um acompanhamento psicológico, se possível.  “Esse paciente acaba desenvolvendo problemas com ansiedade, que têm de ser combatidos. Então ele deve, além dos remédios para substituir a dependência da nicotina, fazer terapia e fazer o uso de medicações para reduzir a ansiedade, pelo menos até passar a fase aguda. O apoio emocional para uma recaída é muito importante, e as pessoas também precisam entender que a maioria dos pacientes passa por isso”. Confira o que acontece com o organismo de um fumante, que interrompe o uso do tabaco: Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue. Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza. Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor. Após 2 dias, o olfato já tem os cheiros mais apurados e o paladar já degusta melhor a comida. Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora. Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade. Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram. Busque ajuda! Melhore a sua qualidade de vida! Foto: Leonardo Oliveira

Especialistas da UNITAU apontam atitudes simples do dia a dia para a preservação do meio ambiente

A fim de reduzir os impactos ambientais, docentes da UNITAU dão dicas para se ter atitudes mais conscientes e de preservação a natureza Em uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre o meio ambiente no ano de 1972, em Estocolmo, foi definido que, a partir daquela data, dia 5 de junho, seria comemorado o “Dia mundial do meio ambiente”. A intenção dessa data seria para chamar a atenção da população para vários setores, relacionados aos problemas ambientais e sobre a importância da preservação dos recursos naturais.  A intensa exploração dos recursos naturais gera diversas consequências, que, se não forem revertidas o mais breve possível, se tornarão permanentes para toda a população. O consumo deve ser realizado de forma consciente, levando em conta a regeneração de cada um deles.   O Prof. Dr. Paulo Fortes Neto, agrônomo e docente na Universidade de Taubaté (UNITAU), explica que a maioria da população não percebe, mas à medida que há a expansão da atividade econômica e urbana e, consequentemente, o desmatamento de áreas naturais, boa parte dos seres vivos que habitam nessa floresta, ou seja, uma série de bactérias, fungos e vírus que estão hospedados em mamíferos, começam a procurar outros locais, e, assim, chegam ao homem. “Esse é um risco que nós corremos com o desmatamento, porque esses microorganismos estão na natureza em equilíbrio com o meio ambiente. O novo coronavírus, por exemplo, vem dessas questões, dessas alterações ambientais, desse mal uso do meio ambiente”, expõe.            Confira 5 atitudes recomendadas pelo professor que a população pode fazer para preservar o meio ambiente:  Uso racional da energia elétrica, optando por lâmpadas econômicas e, se possível, instalação de placas solares e o uso consciente da água, verificando sempre possíveis vazamentos;  Separar o lixo inorgânico do orgânico;  Levar remédios vencidos para a farmácia e não descartar em casa, como em lixos ou no vaso sanitário;  Levar equipamentos eletrônicos para as centrais que fazem a coleta e a reciclagem desse material;  Participar ou idealizar iniciativas voluntárias no bairro em que é morador, para o cuidado e para a preservação do local.  A fim de reduzir os impactos ambientais, grupos de pessoas se unem com o objetivo de ter atitudes mais conscientes e de preservar a natureza. As chamadas ecovilas têm ganhado cada vez mais força no mundo todo. Essas comunidades podem ser desenvolvidas em bairros, prédios e até mesmo em condomínios. São pequenas atitudes que somam um grande impacto na vida dessas pessoas, como desenvolver uma composteira caseira, hortas coletivas e se locomover de forma mais sustentável.  Para o Prof. Dr. Ademir Fernando Morelli, ecólogo que atua na área de assentamentos sustentáveis na UNITAU, as ecovilas proporcionam às pessoas uma motivação, pois sentem que não atuam sozinhas no projeto. Além de preservarem o meio ambiente, buscam uma melhor qualidade de vida para todos. “Para mim, o meio ambiente não se resume só aos fatores físicos e químicos. Nós fazemos parte dele. Quando o homem se coloca distante do meio ambiente, como ‘não natureza’, ele nega a sua própria essência”, comenta.            Confira 5 atitudes recomendadas pelo professor que a população pode fazer no dia a dia, para preservar o meio ambiente:  Consumo consciente e sustentável, considerando a origem e o ciclo de vida do produto;  Melhor aproveitamento de recursos naturais e dos alimentos, evitando o desperdício;  Ter hábitos coletivos sustentáveis e praticar a reciclagem;  Doar roupas, alimentos e móveis que não serão mais utilizados para aqueles que necessitam;  Auxiliar na conscientização das pessoas.  Historicamente, as indústrias não costumavam criar processos produtivos não poluentes, pois eram as únicas tecnologias existentes e conhecidas, não havia o entendimento da gravidade do problema. À medida que o mundo começou a se conscientizar sobre a necessidade de criar processos, produtos e serviços sustentáveis, a sociedade e os governos iniciaram uma mudança. O desafio está em produzir processos menos agressivos ao meio ambiente e encontrar matéria prima que colabore para o descarte menos poluente.   A pesquisadora na área de produção autônoma e sustentável Profa. Dra. Miroslava Hamzagic Zaratin, engenheira de produção e docente na também na UNITAU, aponta que as empresas devem incluir no projeto de produtos e serviços o custo do descarte e ainda comenta que os resíduos devem ser analisados, considerando-se o prejuízo que causarão ao meio ambiente. “Existem muitas empresas no mundo centradas em mudar os processos e matérias primas aos poucos, pois isto não é fácil e é extremamente custoso. Existe um risco em fragilizar o processo e o produto e, possivelmente, comprometer a fidelidade do cliente. A mudança tem de ser feita com bastante cuidado e estudo”, diz. Mas a professora também pontua que “O resultado é um produto que se insere na vida cotidiana de forma sutil e com o reconhecimento da sociedade pela iniciativa e coragem”, destaca.            Confira 5 atitudes recomendadas pela professora que a população pode exercer para preservar o meio ambiente:  Consumir produtos saudáveis e que gerem menos resíduos;  Quando os resíduos forem gerados, procurar uma forma de reaproveitá-los da maneira menos custosa possível;  Tentar minimizar o lixo gerado em casa;  Evitar produtos que utilizem muitos compostos químicos;  Reaproveitar a água da lavagem das roupas e das chuvas.  Para concluir, o professor Ademir ainda ressalta que muitas pessoas pensam que as consequências da “não preservação ambiental” irão se refletir somente no futuro, para outras gerações, e isso tem preocupado os especialistas. “Evolutivamente, nosso sistema adaptativo é preparado para reagir a ameaças urgentes. Quando nós temos uma coisa que vai demorar décadas para acontecer, como são os efeitos do aquecimento global, nós temos muita dificuldade de compreender. Quando não é uma reação intuitiva, nós precisamos ensinar. E é isso que falta, ensinar e alertar as pessoas sobre como isso impacta e tem a ver com o dia a dia delas, como no caso da destruição da Amazônia, por exemplo”, conclui. 

Médica especialista em Saúde Pública da UNITAU comenta sobre os desafios do ensino médico durante a pandemia

A pandemia não mudou somente a forma de aprender e ensinar, mas também impactou na atuação médica, o que exige que os futuros profissionais tenham um olhar ainda mais coletivo e empático A pandemia do novo coronavírus é considerada uma das questões mais impactantes em relação à saúde mundial. Vários desafios se configuraram por conta da Covid-19. Um deles, a formação médica, que exigiu uma rápida adaptação e uma remodelação na forma de ensinar e aprender. Garantir uma formação ética, profissional e, sobretudo, humana é um dos valores do curso de Medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU) há quase 55 anos e, diante da nova realidade, professores e alunos precisaram se adaptar. “Nosso curso é muito tradicional e reconhecido por isso nacionalmente. Com a pandemia, tivemos de nos adaptar ao novo cenário e nossa maior preocupação e desafio foi manter o ritmo e qualidade das aulas. Fizemos isso muito rapidamente. As aulas ficaram suspensas por apenas uma semana no início de março de 2020”, explica a Profa. Dra. Maria Stella da Costa Zöllner, Diretora do Departamento. Isabela Caroline de Almeida, aluna do 8º semestre do curso, também sentiu o impacto da pandemia na rotina e nas tarefas do dia a dia e comenta que a agilidade da Instituição e o apoio dos professores foram fundamentais para a adaptação ao novo modelo de ensino e aprendizagem. “No início, foi um pouco difícil, principalmente em relação à minha rotina de estudos. Mas a Universidade se adaptou rapidamente e os professores foram muito compreensivos, nos tranquilizando sobre as aulas práticas, pois daria tempo de repor o que precisasse”, conta Isabela. Mas a pandemia não mudou somente a forma de aprender e ensinar. A maior crise da humanidade também impactou na atuação médica, o que exige que os futuros profissionais tenham um olhar ainda mais coletivo e empático. “Medicina vai além do diagnóstico, da ética na ciência e na prática. O que estamos vivenciando hoje vai mudar para sempre as relações humanas, entre médico e paciente”, destaca a Dra. Stella. A futura médica, Isabela Carolina, também compartilha o pensamento de sua professora e relata “Todos nós esperamos médicos preparados de forma técnica, mas que sejam empáticos, humanizados e que se preocupem em tratar pessoas, e não somente doenças. Eu gosto bastante da frase ‘conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas, ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana’, de Carl Jung. Acredito que esse deve ser nosso principal objetivo, sempre”, finaliza a estudante.

UNITAU alinha produção científica à agenda 2030 da ONU

Nos mestrados acadêmico e profissional em Ciências Ambientais, por exemplo, foram apresentadas nesse mesmo período um total de 64 dissertações que abrangeram 9 dos 17 objetivos da Agenda 2030 Levantamento da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) demonstra que as atividades de iniciação científica desenvolvidas pela Universidade de Taubaté (UNITAU) estão alinhadas com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e já atingem a grande maioria dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). Os 17 objetivos são integrados e indivisíveis e mesclam, de forma equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental. O documento “Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável” foi adotado na Assembleia Geral da ONU em 2015. De acordo com o levantamento da PRPPG, foram produzidas, entre 2017 e 2020, um total de 573 teses e dissertações na UNITAU, atingindo 16 objetivos propostos pela Agenda 2030. Entre as atividades, apresentam maior destaque aquelas cujos objetivos estão relacionados à educação de qualidade (ODS 4 – 260 teses/dissertações), à indústria, à inovação e à infraestrutura (ODS 9 – 87 teses/dissertações) e ao trabalho decente e ao crescimento econômico (ODS 8 – 60 teses/dissertações). “A gente percebe que os maiores desafios da Universidade, assim como os de muitos municípios, são aumentar o engajamento de trabalhos alinhados a ODS com características sociais”, afirma o coordenador adjunto do Mestrado Profissional em Ciências Ambientais, Prof. Dr. Paulo Fortes Neto. Nos mestrados acadêmico e profissional em Ciências Ambientais, por exemplo, foram apresentadas nesse mesmo período um total de 64 dissertações que abrangeram 9 dos 17 objetivos da Agenda 2030. A maioria das dissertações está alinhada com três objetivos: ODS 3 (saúde e qualidade de vida), ODS 6 (água potável e saneamento) e ODS 15 (proteger a vida silvestre).  “Essa foi a primeira medição que a gente fez. Esse levantamento refletiu que pontos devemos reforçar. Cada curso deve buscar condições para que os trabalhos caminhem em sentidos complementares, tentar direcionar os estudantes para buscar um ou mais objetivos”, reforça o pesquisador. A próxima análise do professor deve abranger o envolvimento dos municípios da RMVale com a Agenda 2030. Essa análise terá como base o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR), ferramenta criada pelo Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com o Sustainable Development Solutions Network (SDSN) e Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). Confira abaixo os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. ODS 1 – Erradicar a pobreza ODS 2 – Erradicar a fome ODS 3 – Saúde e qualidade de vida ODS 4 – Educação de qualidade ODS 5 – Igualdade de gênero ODS 6 – Água potável e saneamento ODS 7 – Energias renováveis e acessíveis ODS 8 – Trabalho digno e crescimento econômico ODS 9 – Indústria, inovação e infraestruturas ODS 10 – Reduzir as desigualdades ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis ODS 12 – Produção e consumo sustentáveis ODS 13 – Ação climática ODS 14 – Proteger a vida marinha ODS 15 – Proteger a vida silvestre ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes ODS 17 –  Parcerias e meios de implementação

UNITAU inova e lança curso de pós-graduação em Ciências da Saúde

O curso é derivado do Programa de Pós-graduação strictu senso (mestrado e doutorado) em Odontologia em duas áreas: clínica odontológica e promoção, prevenção e tratamento em saúde Neste momento em que a geração de conhecimento de qualidade ganha maior relevância e a interdisciplinaridade se torna regra entre os pesquisadores, a Universidade de Taubaté (UNITAU) lança um novo curso de Pós-graduação em Ciências da Saúde. Serão duas áreas de concentração: clínica odontológica e promoção, prevenção e tratamento em saúde. Este curso é derivado do programa de Pós-graduação stricto sensu em Odontologia, que completa 30 anos de criação em 2021. Esta vinculação vai permitir a manutenção da chancela da Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior (Capes). Há 17 anos, este programa recebe o conceito 4 por parte da Capes. Para a Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UNITAU, Sheila Cortelli, esse desenho permitirá a manutenção do nível de excelência oferecido pela Universidade ao aprimoramento dos profissionais de Odontologia, ao mesmo tempo em que agrega possibilidades para outros segmentos da área da saúde, ampliando o leque de atuação. “Ao estimular a colaboração entre diversos perfis, esse novo curso contribui para o desenvolvimento de um conceito ampliado do que é saúde e de uma visão mais integrada do ser humano. Ao longo dos anos, a UNITAU ofereceu uma formação sólida a dentistas de vários estados e agora essa oportunidade se estende a outras profissões. Só pensando em nossos ex-alunos de graduação, a quantos médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e enfermeiros podemos, a partir de agora, dar continuidade em sua formação acadêmica”, avalia. Segundo a Pró-reitora, o curso de Ciências da Saúde já começa com outro atrativo, a oferta de 10 bolsas Capes, das quais quatro de mestrado (R$ 1.500,00) e seis de doutorado (R$ 2.200,00). A concessão das bolsas deve obedecer a alguns critérios específicos e será oferecida aos candidatos aprovados no processo seletivo. “O auxílio financeiro garante maior dedicação dos bolsistas ao desenvolvimento científico e tecnológico. Quando da conclusão do curso, a sociedade se beneficia não apenas do conhecimento gerado ao longo de anos de pesquisa, mas também ao receber recursos humanos qualificados com senso crítico mais apurado”. Ao todo, cerca de 30 novas disciplinas devem ser incorporadas ao curso. A ideia é reforçar a interdisciplinaridade por meio de temas convergentes. Para a formatação do curso, a PRPPG também se preocupou em reunir um time de pesquisadores da Universidade que possam estimular o desenvolvimento de atividades de relevância entre os alunos. Na linha de Ciências Ambientais na Saúde, por exemplo, os pesquisadores deverão avaliar o uso de produtos naturais, bem como a destinação final de resíduos sólidos e líquidos no impacto ambiental e serviços de saúde, além dos diferentes eventos atmosféricos relacionados à saúde humana.  “Houve um crescimento gigantesco na área da saúde com a colaboração de profissionais de diferentes áreas. Nada se resolve isoladamente. Vejo, com este curso, a possibilidade de irradiar conhecimento e agregar profissionais em todas as áreas da saúde”, afirma o Prof. Dr. Marcos Roberto Furlan, que integra o corpo docente dos mestrados acadêmico e profissional em Ciências Ambientais. Já os estudos em Epidemiologia e Clínica na saúde humana buscarão quantificar fatores de risco, estratégias de prevenção e de prognóstico de doenças crônicas comuns à população brasileira. “Nossa região não dispunha de um curso com essa formatação. Iremos abordar questões relacionadas ao Covid, processos infecciosos em tempos de pandemia em um ambiente multidisciplinar, com a correlação de vários fatores. Esse é um grande avanço para nossa Universidade”, comenta o Prof. Dr. Gilson Fernandes Ruivo, do Departamento de Medicina da UNITAU. Na área de Clínica odontológica, as linhas de pesquisa seguem avaliações do comportamento biomecânico, parâmetros clínicos e laboratoriais envolvidos nas diferentes etapas dos tratamentos, bem como o estudo das propriedades dos materiais empregados, os métodos diagnósticos e as modalidades terapêuticas. “Mantivemos a mesma estrutura do curso anterior e agora englobamos uma vocação multidisciplinar. Não é mais um curso voltado a cirurgiões dentistas, mas a todos aqueles que têm interesse na área da saúde humana”, avalia o coordenador-geral do Doutorado em Odontologia da UNITAU, Prof. Dr. José Roberto Cortelli. O período de inscrição dos candidatos para o programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde está aberto e segue até 1º de julho. A expectativa é de que as atividades comecem a partir de agosto. Mais informações sobre o programa, disciplinas e corpo docente você encontra nos links do mestrado e do doutorado.

Especialista da UNITAU reforça a necessidade de vacinação para a prevenção de doenças

Segundo o Prof. Me. Ricardo Marcitelli “a imunização é um bem maior, universal (…) e à medida que existe uma grande quantidade de pessoas imunizadas, existe o bloqueio desses agentes nocivos” Imunização é a maneira de oferecer defesa ao organismo contra doenças. O Brasil comemorou, em 9 de junho, o Dia Nacional da Imunização com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de se manter o calendário de vacinação em dia. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil foi criado em 18 de setembro de 1973. É um dos maiores programas de vacinação do mundo, com reconhecimento internacional. O Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas, de forma gratuita, à população. São 15 vacinas para crianças, nove para os adolescentes e cinco para os adultos e idosos. O Prof. Me. Ricardo Marcitelli, que integra o corpo docente da Universidade de Taubaté (UNITAU), explica sobre a importância da imunização e em como ela se divide. A chamada imunização ativa é aquela oferecida por meio de vacinas, microrganismos previamente conhecidos, injetados no corpo e que estimulam o sistema de defesa a formar uma memória. Com um processo ativo, o corpo reconhece essa substância, impulsionando a produção de anticorpos (proteínas que são produzidas pelo sistema de defesa humoral). A imunização passiva é aquela que é oferecida por soroterapias, são obtidos anticorpos resultantes de uma estimulação prévia. Esses anticorpos são oferecidos prontamente ao paciente. “A imunização é um bem maior, universal. Por meio de pesquisas científicas, foram identificados e isolados os principais agentes causadores de doenças, que foram manipulados por um processo industrial e eles são oferecidos para garantir a saúde do indivíduo. À medida que existe uma grande quantidade de pessoas imunizadas, existe o bloqueio desses agentes nocivos”, esclarece o professor. O professor ainda explica sobre a importância de se manter a vacinação em andamento. O PNI do Ministério da Saúde oferece a capacidade de proteção contra os principais agentes.  “O Brasil tem um dos melhores programas de imunização do mundo. É preciso respeitar o calendário vacinal do Ministério da Saúde. Os médicos com área de atuação na saúde pública, saúde coletiva e infectologia identificam a necessidade de se administrar essas vacinas em diferentes calendários vacinais (crianças, adultos, gestantes, idosos) e, com isso, os grupos passam a ser protegidos pelas principais doenças que circulam no seu país e em sua faixa etária”, pontua. Altas taxas de cobertura vacinal e a constante vigilância das autoridades de saúde são fundamentais para reduzir os riscos de epidemias.

Engenheiro agrônomo da UNITAU esclarece a importância da preservação das abelhas ao equilíbrio mundial

Estima-se que 73% de todas as espécies vegetais do planeta dependem da polinização feita por elas As abelhas são os insetos polinizadores mais importantes para o equilíbrio do meio ambiente, dos seres humanos e para a produção de alimentos. Estima-se que 73% de todas as espécies vegetais do planeta dependem da polinização feita por elas e, no Brasil, mais da metade das 141 espécies de plantas também necessitam da ação das abelhas.Algodão, café, caju, cebola, chuchu, coco, girassol, goiaba, jabuticaba, laranja, limão, melão, pêssego, tomate, berinjela e cacau são alguns dos alimentos polinizados por elas. Mas esses insetos voadores, que são essenciais para o mundo todo, desaparecem cada vez mais e por vários motivos. Com isso, a Organização das nações unidas (ONU) instituiu o dia 20 de maio como “Dia mundial das abelhas”, algo para conscientizar a população sobre a sua importância para os ecossistemas e no combate à fome no mundo, além de influenciar uma mudança nas atitudes da sociedade. O Prof. Dr. João Carlos Nordi, coordenador do curso superior de Tecnologia em Apicultura e Meliponiculturada Universidade de Taubaté (UNITAU), na modalidade EAD, explica como esses insetos polinizadores atuam no meio ambiente e na produção de alimentos.“A melancia é um excelente exemplo que mostra o trabalho fundamental das abelhas. Foi desenvolvida uma melancia sem sementes e ela não teve muita adesão, porque ela não era doce, então se estabeleceu essa relação com a semente e a doçura do fruto. Cada semente da melancia é produto de uma polinização, então como ela tem centenas de sementes, são feitas centenas de polinizações. Então, se eu não tiver as abelhas em quantidade suficiente, eu vou ter um comprometimento na qualidade do fruto e na quantidade de vitaminas também”, exemplifica o botânico. Um fenômeno chamado distúrbio do colapso das colmeias vem se intensificando com o tempo e ele é responsável pelo desaparecimento de muitas abelhas. Uma das causas desse fenômeno está relacionada com as más práticas no campo, quando as aplicações de agroquímicos e inseticidas não seguem as normas técnicas e recomendações agronômicas. A devastação do meio ambiente também tem grande influência sobre esse processo, pois as abelhas necessitam das plantas para a polinização e, com a falta de vegetação, a vida das abelhas é comprometida. Em dezembro de 2018, mais de 500 milhões de abelhas foram encontradas mortas por apicultores em apenas quatro estados brasileiros, segundo o levantamento da Agência pública e repórter Brasil. No estado de São Paulo, as perdas de abelhas giram em torno de 10 milhões. No Mato Grosso do Sul, 45 milhões. Em Santa Catarina, 50 milhões e no Rio Grande do Sul, 400 milhões. A causa da morte de cerca de 85% dessas abelhas foi o contato ou a ingestão de produtos químicos, agroquímicos e, principalmente, inseticidas. “Espero que o homem ainda esteja em sã consciência e não deixe esse processo do desaparecimento das abelhas acelerar. Albert Einstein já dizia que, se as abelhas desaparecessem, o ser humano teria um tempo de sobrevida de 4 anos, porque haveria fome no mundo e não teria mais a produção de diversos alimentos essenciais. O que seria produzido por outros polinizadores, que representam uma quantidade muito pequena, não seria suficiente para alimentar a população. Nós não podemos deixar que isso se torne uma realidade, está nas nossas mãos a reversão desse processo”, alerta o professor. Para preservar a vida desses insetos, deve haver boas práticas no campo e um planejamento de quando ocorrerá a pulverização por parte do agricultor, para que o apicultor tenha tempo de prender suas abelhas durante esse período e depois as solte. A preservação ambiental também é essencial para combater esse processo.  A UNITAU oferece diversas disciplinas, cursos e ações que estudam e que cuidam da sobrevivência das abelhas. Dentre eles, estão os cursos de Agronomia, Tecnologia em Apicultura e Meliponicultura, Tecnologia em Agroecologiae o curso de pós-graduação em Apicultura e Meliponicultura. Além dos cursos oferecidos, a Universidade abriga um centro de estudos apícola e um projeto de extensão chamado “Desenvolvimento sustentável da apicultura no vale do Paraíba e arranjo produtivo local”, que já conquistou um prêmio em primeiro lugar de sustentabilidade pelo Congresso de extensão do estado de São Paulo. As atividades desenvolvidas na UNITAU se destacaram pelo processo e pela qualidade. A Secretaria de desenvolvimento econômico do estado de São Paulo ofereceu recursos ao projeto de extensão para a criação de um entreposto de mel na Universidade. “O objetivo é recolher todo o mel e pólen da região para processá-los e fazer com que os apicultores saiam da clandestinidade e comercializem os seus produtos”, pontua o professor. O docente também conta que esse projeto irá oferecer bolsas de estudos para os alunos do curso de Agronomia, para trabalhar dentro do entreposto. “Ficamos muito felizes com todo o apoio e a parceria da Universidade e da reitoria”, conclui.

UNITAU participa de pesquisa internacional sobre alterações climáticas na Amazônia

O estudo será realizado em parceria com a Universidade de Manchester (Reino Unido) e terá um financiamento de R$ 7 milhões de reais Uma parceria entre a Universidade de Taubaté (UNITAU) e a Universidade de Manchester (Reino Unido) vai permitir o desenvolvimento de uma pesquisa sobre as alterações climáticas na Amazônia e sua relação com o transporte de umidade para a região sul e sudeste do continente sul-americano por meio dos chamados “rios aéreos”. A proposta de pesquisa foi aprovada em fevereiro deste ano e também vai contar com a participação de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Pelo lado britânico, além da Universidade de Manchester, haverá o envolvimento do UK Met Office (Serviço Meteorológico Britânico, responsável pela previsão do tempo e clima). O projeto de pesquisa está em fase de implementação e deve ser executado em quatro anos. O financiamento virá do Natural Environmental Research Council (NERC), uma agência de fomento na área científica do Reino Unido. O valor dessa pesquisa é da ordem de 1 milhão de libras esterlinas, correspondendo a quase R$ 7 milhões.  Na linha de frente dos estudos por parte da UNITAU está o Prof. Dr. Gilberto Fisch, meteorologista de formação, com 40 anos de experiência e boa parte deles dedicada a temas relativos à Amazônia. O Prof. Fisch integra a equipe de docentes dos programas de Mestrado acadêmico e profissional em Ciências Ambientais da UNITAU, sendo que sua área de atuação é em ciências atmosféricas e mudanças climáticas. “Vamos estudar como ocorre o desmatamento na região amazônica, as interferências que isso provoca no clima local, regional e global. Também queremos observar os efeitos desse impacto nos ‘rios aéreos’, que são responsáveis pelo transporte de umidade da Amazônia, e sua influência no ciclo hidrológico da região do Vale do Paraíba”, afirma o Prof. Fisch. “Rios aéreos” ou “rios voadores” são enormes massas de água originadas por um processo denominado evapotranspiração e que circulam a partir da Amazônia com dispersão concentrada nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e o Sul do Brasil. Toda essa água proveniente das chuvas é bombeada pelas árvores da Floresta Amazônica e retorna para a atmosfera em forma de umidade. Para o pesquisador, as consequências dos avanços nos processos de desmatamento da Amazônia ultrapassam as fronteiras locais e trazem impactos diretos ao continente. Segundo o Prof. Fisch, a pesquisa vai contar com a coleta de dados, análise de imagens de satélites e a projeção de cenários climáticos de médio e longo prazos por meio de modelagens atmosféricas. O geógrafo formado na UNITAU, Mestre em Recursos Hídricos pela UNIFEI e atualmente aluno de doutorado do INPE, Murilo Ruv, é ex-aluno de graduação do Prof. Fisch. Ele desenvolve atualmente seu doutorado em Pós-Graduação em ciências do sistema terrestre no INPE, sob orientação do Dr. Gilvan Sampaio. Murilo utiliza o supercomputador Tupã em seu trabalho em modelagem climática. “Por meio do modelo atmosférico brasileiro (BAM), criado no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC-INPE), avalio a influência do aumento da temperatura global, bem como o processo de conversão da floresta em pasto, a fim de observar quais são os efeitos no clima da América do Sul. Uma simulação importante é quando chegamos a um índice de desmatamento de 40%, que é denominado tipping point (ponto de inflexão). A partir daí, não é mais possível uma recuperação natural da floresta e seus efeitos passam a ser mais significativos”. Murilo também faz comparativos entre indicadores obtidos durante longos períodos de tempo, denominados de clima básico, em um intervalo de 30 anos, por exemplo. “Usamos como referência o período entre 1981 e 2010. A partir desses 30 anos que caracterizam a climatologia, pego os próximos 30 anos e começo a calcular a evolução da atmosfera, especificamente o aumento gradual da temperatura do ar.   A maioria dos experimentos indicam um aumento 2ºC na temperatura média global já nas próximas décadas (2030/40/50). O Acordo de Paris, assinado em 2015 por quase 200 países do mundo, era para limitar o aumento de 1,5ºC, mas já sabemos que vai passar disso”. A recente reunião “Cúpula do clima”, realizada no final de abril de 2021, discutiu exatamente este ponto, e os líderes mundiais apresentaram seus esforços para isso. Além do supercomputador Tupã, os pesquisadores também devem contar com um reforço de peso: o suporte dos equipamentos do Met Office. Para se ter uma ideia, o serviço britânico possui atualmente um sistema de supercomputação chamado Cray XC40, cerca de 15 vezes mais potente em termos de cálculo, com 6 vezes mais espaço de armazenamento que o Tupã e capaz de realizar mais de 14.000 trilhões de cálculos por segundo. E a partir de 2022 deve entrar em operação uma versão ainda mais avançada deste supercomputador, graças a uma parceria firmada com a Microsoft.

UNITAU e Universidade da Alemanha desenvolvem pesquisa sobre Monteiro Lobato

No futuro, a universidade pretende criar um núcleo de pesquisas sobre Monteiro Lobato Desde o dia 13 de abril, uma parceria firmada entre a Universidade de Taubaté (UNITAU) e a Universidade de Mainz “Johannes Gutenberg”, da Alemanha, desenvolve uma pesquisa sobre traduções culturais e o estudo de textos de Monteiro Lobato. O intercâmbio é feito de forma remota e coordenado pela Profa. Dra. Rachel Duarte Abdala, do Departamento de Ciências Sociais e Letras da UNITAU, a Profa. Dra. Cornelia Sieber, chefe do Departamento de Letras da JGU e a coordenadora da disciplina a Profa. Dra. Vanete Santana-Dezmann (JGU). O núcleo de pesquisas terá uma grande interação cultural. Também participarão das atividades alunos da Faculdade Zumbi dos Palmares (São Paulo) e da Universidade Mondlane (Maputo, Moçambique). “O maior objetivo desse projeto é criar em Taubaté um núcleo de pesquisas sobre Monteiro Lobato”, comenta a Profa. Rachel. Participarão 10 alunos da UNITAU, sendo eles graduandos, mestrandos e uma monitora do PID (Programa de Iniciação à Docência). A aluna Izabela Zogbi Martins, do 5º semestre de História tem muitas expectativas sobre a pesquisa, “Vou adquirir uma bagagem cultural diferenciada, vai contribuir muito na minha vida profissional no sentido de conhecimento. Monteiro Lobato é extraordinário para a cultura brasileira”, relata. A cidade de Taubaté tem 10 museus. O Museu Histórico, Folclórico e Pedagógico Monteiro Lobato, mais conhecido como o Sítio do Picapau Amarelo, é o 5° museu mais visitado do Estado de SP. A valorização e o reconhecimento da importância de Lobato para a Capital da Literatura Infantil é fundamental. “A minha ideia também é aprofundar discussões acadêmicas na Semana Monteiro Lobato”, pontua a Profa. Rachel. Foto: Leonardo Oliveira

UNITAU – Estudante do curso de Medicina Veterinária compartilha dicas sobre PETS nas redes sociais

Rafael da Silva Campos, estudante do 3º semestre do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Taubaté (UNITAU), criou uma conta no instagram  para compartilhar dicas e conhecimentos sobre a área a fim de orientar e conscientizar a comunidade sobre os cuidados com os animais Abril pode ser considerado um mês “animal”, isso porque ao longo dos 30 dias acontece a campanha “Abril Laranja”, uma iniciativa da Sociedade Americana de Prevenção da Crueldade aos Animais (Aspca), com o objetivo de prevenir a crueldade contra os animais, e, neste sábado (25), a comunidade veterinária global celebra o Dia Mundial da Medicina Veterinária. Uma dúvida muito comum entre tutores de pets é em relação à alimentação complementar e casual com frutas e legumes. Essa é um dos assuntos que o futuro veterinário já esclareceu em seus posts, além de listar uma série de alimentos tóxicos para cães, como, por exemplo, chocolate, cafeína, cebola, alho, uvas, macadâmia e batata verde.   “Criei a conta para poder levar informações simples às pessoas. Por lá eu compartilho algumas curiosidades, dicas, alguns conteúdos vistos nas aulas e livros de medicina veterinária para ajudar tanto estudantes, tutores de pets e pessoas que gostam desse universo animal”, explica Rafael. O futuro veterinário conta que sempre se identificou com a profissão porque cresceu cercado de animais. Ele acredita que essa proximidade o fez descobrir sua vocação e o influenciou na escolha do curso. “Eu me via de mãos atadas diante de tantos animais sofrendo nas ruas, em ONGs, precisando de cuidados e tratamento. Após formado, de forma ética e legal, poderei ajudar os animais de maneira segura e correta. Atualmente uso o Instagram para ajudar”, comenta. Luciana Cauduro Ximenez, médica veterinária e servidora no Departamento da UNITAU admira a ação do aluno e reforça: “As redes sociais proporcionam a interação, o com o outro, a partilha de informações e oferecem a oportunidade de aprendizado e de inserção no mercado de trabalho”, diz. Ela concorda com a postura de Rafael, quando diz: “Vale lembrar que é preciso ter cuidado no conteúdo das postagens, a fim de não infringir questões de ordem ética”, pontua. Pensando no futuro, Rafael vê na escolha da profissão mais que a realização de um sonho. “Uma vez ouvi a frase ‘eu só quero acordar e saber que o que eu faço é mais importante que o meu salário’. Então, para mim, ser médico veterinário é ter a certeza de que meu trabalho impacta de maneira positiva nos animais, nas pessoas, nas famílias, enfim, em vidas”, ressalta. O aluno ainda esclarece que não compartilha em sua página indicações de tratamentos patológicos, pois, nesses casos, os tutores devem procurar a orientação de um profissional já formado, a fim de zelar e preservar a saúde de seu animal. Foto: Renata Moraes