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Vacina BCG completa 100 anos em 2021 e professor de Medicina da FEMA alerta para a importância da vacinação

Imunizante contra o vírus da tuberculose é disponibilizado gratuitamente pelo SUS desde 1976 Criada em 1921 em Paris no Instituto Pasteur, a vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) completou 100 anos de existência no último dia 1º de julho. O imunizante protege contra o vírus da tuberculose e é disponibilizado gratuitamente a crianças de 0 a 4 anos pelo Sistema Único de Saúde do Brasil desde 1976. No entanto, mesmo sendo um imunizante que protege contra a tuberculose, uma doença infecto contagiosa, a porcentagem de crianças vacinadas vem caindo nos últimos anos. Segundo o DataSUS, em 2020 apenas 73,38% das crianças com idade oportuna se vacinaram, já em 2018 esse número foi bem maior, 99,72%. Olhando por esse lado, é importante reforçar ainda mais o quanto a Vacina BCG é importante, uma vez que essa ela previne formas graves da Tuberculose, suas sequelas e até mesmo a morte em crianças de até 4 anos, sendo essa faixa etária a que mais corre risco de complicações da doença. De acordo com o Dr. Hugo Belavenute Pinto, professor do curso de Medicina da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA) e coordenador do Internato de Pediatria da instituição,“ a tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa pelo ar, por meio de tosse, espirro ou fala e afeta principalmente os pulmões. Mas também pode comprometer ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). É por esse motivo que a vacinação é recomendada o quanto antes, ainda na maternidade, porque a tuberculose é altamente transmissível, e o contato com algum adulto infectado evolui de forma muito mais grave no recém-nascido, provocando sequelas ou alta mortalidade. A tuberculose está entre as 10 causas de morte no mundo: foram 10 milhões de casos e mais de 1 milhão de óbitos em 2019, embora haja vacina e tratamento, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)”, explica o médico. “No Brasil, a doença é um sério problema de saúde pública, com maiores índices entre populações mais vulneráveis, como indígenas, moradores de rua e pessoas com HIV. Em 2020, o país registrou 66.819 casos novos de tuberculose. Em 2019, foram notificados cerca de 4,5 mil óbitos pela doença, segundo o Ministério da Saúde”, conta o acadêmico de Medicina, Marco Antônio Carvalho Gonçalves. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), além das crianças de 0 a 5 anos, a vacina também está recomendada na população adulta que convive com pessoas que possuem Hanseníase. Já suas contra-indicações são pessoas imunodeprimidas e recém-nascidos de mães que usaram medicamentos que possam causar imunodepressão do feto durante a gestação e prematuros, até que atinjam 2 kg de peso. O imunizante pode ser encontrado também em Unidades Básicas de Saúde e clínicas privadas de vacinas.

Especialista da UNITAU reforça a necessidade de vacinação para a prevenção de doenças

Segundo o Prof. Me. Ricardo Marcitelli “a imunização é um bem maior, universal (…) e à medida que existe uma grande quantidade de pessoas imunizadas, existe o bloqueio desses agentes nocivos” Imunização é a maneira de oferecer defesa ao organismo contra doenças. O Brasil comemorou, em 9 de junho, o Dia Nacional da Imunização com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de se manter o calendário de vacinação em dia. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil foi criado em 18 de setembro de 1973. É um dos maiores programas de vacinação do mundo, com reconhecimento internacional. O Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas, de forma gratuita, à população. São 15 vacinas para crianças, nove para os adolescentes e cinco para os adultos e idosos. O Prof. Me. Ricardo Marcitelli, que integra o corpo docente da Universidade de Taubaté (UNITAU), explica sobre a importância da imunização e em como ela se divide. A chamada imunização ativa é aquela oferecida por meio de vacinas, microrganismos previamente conhecidos, injetados no corpo e que estimulam o sistema de defesa a formar uma memória. Com um processo ativo, o corpo reconhece essa substância, impulsionando a produção de anticorpos (proteínas que são produzidas pelo sistema de defesa humoral). A imunização passiva é aquela que é oferecida por soroterapias, são obtidos anticorpos resultantes de uma estimulação prévia. Esses anticorpos são oferecidos prontamente ao paciente. “A imunização é um bem maior, universal. Por meio de pesquisas científicas, foram identificados e isolados os principais agentes causadores de doenças, que foram manipulados por um processo industrial e eles são oferecidos para garantir a saúde do indivíduo. À medida que existe uma grande quantidade de pessoas imunizadas, existe o bloqueio desses agentes nocivos”, esclarece o professor. O professor ainda explica sobre a importância de se manter a vacinação em andamento. O PNI do Ministério da Saúde oferece a capacidade de proteção contra os principais agentes.  “O Brasil tem um dos melhores programas de imunização do mundo. É preciso respeitar o calendário vacinal do Ministério da Saúde. Os médicos com área de atuação na saúde pública, saúde coletiva e infectologia identificam a necessidade de se administrar essas vacinas em diferentes calendários vacinais (crianças, adultos, gestantes, idosos) e, com isso, os grupos passam a ser protegidos pelas principais doenças que circulam no seu país e em sua faixa etária”, pontua. Altas taxas de cobertura vacinal e a constante vigilância das autoridades de saúde são fundamentais para reduzir os riscos de epidemias.